Banca de QUALIFICAÇÃO: LUCAS CARVALHO DE FREITAS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LUCAS CARVALHO DE FREITAS
DATA : 10/03/2023
LOCAL: remoto
TÍTULO:
IDENTIFICAÇÃO DE PEPTÍDEOS INIBIDORES DO
SARS-COV-2 ORIUNDOS DE PALMA-FORRAGEIRA
(Opuntia sp.) e Bacillus subtilis

PALAVRAS-CHAVES:
microrganismos, plantas, metabólitos, terapias antivirais, COVID-19

PÁGINAS: 91
RESUMO:

A emergência e reemergência de doenças infectocontagiosas causadas por
patógenos virais, como o SARS-CoV-2, traz a necessidade do desenvolvimento de
novas tecnologias profiláticas e terapêuticas para contenção da disseminação viral
e tratamento da doença. Nesse sentido, uma abordagem promissora é a
prospecção de moléculas bioativas de plantas e microrganismos com potencial
antiviral. A palma forrageira (Opuntia sp.) e Bacillus subtilis são fontes de
peptídeos/proteínas com propriedades farmacoterapêuticas, destacando-se os
biossurfactantes, inibidores de proteases (IPs), ribonucleases (RNAses) e lectinas.
Tais bioativos, além de não apresentarem citotoxicidade relevante, são relatados
como eficientes inibidores da replicação de vírus (+)ssRNA, e podem ser utilizados
no desenvolvimento de novas estratégias antivirais profiláticas e terapêuticas. O
presente estudo visa identificar, in silico e in vitro, potenciais IPs, RNAses,
biossurfactantes e lectinas inibidores do SARS-CoV-2 de Opuntia sp. e B. subtilis.
Os peptídeos candidatos foram obtidos diretamente dos organismos em estudo ou
a partir de sequências aminoacídicas dos seus proteomas preditos. Para a primeira
abordagem, foram isoladas ribonucleases dos cladódios de Opuntia stricta e o
lipopeptídeo cíclico surfactina produzido por B. subtilis. Estes foram caracterizados
quanto às suas respectivas atividades biológicas e posteriormente testados quanto
a sua citotoxicidade e atividade antiviral. Os resultados demonstraram que ambos
não apresentaram citotoxicidade relevante, e apenas a surfactina teve atividade
antiviral significativa contra o SARS-CoV-2. Para a segunda abordagem, foram
identificadas 513 sequências de proteínas contendo domínios específicos para IPs
(26), RNAses (365) e lectinas (125) nos proteomas preditos de Opuntia ficus-indica,
Opuntia streptacantha e Opuntia cochenillifera. O alinhamento destas sequências
com proteínas antivirais de diferentes organismos revelou alto grau de ortologia
entre 42 sequências, com domínios funcionais antivirais associados as
ribonucleases T2 e Dicer/III (RNAses), jacalina e concanavalina (lectinas), bem
como inibidores de serina/cisteína-proteases (IPs). Diante dos resultados parciais,
é possível concluir que apenas a surfactina exibiu atividade antiviral significativa
contra o SARS-CoV-2, porém testes antivirais adicionais serão realizados com as
RNAses obtidas de O. stricta, assim como os peptídeos candidatos de IPs, RNAses
e lectinas identificados nos proteomas preditos de O. ficus-indica, O. streptacantha
e O. cochenillifera.

MEMBROS DA BANCA:
Externa ao Programa - ***.952.434-** - ISABELLE FREIRE TABOSA VIANA - OUTRA
Externa à Instituição - KATIA CASTANHO SCORTECCI
Presidente - ***.524.146-** - LINDOMAR JOSE PENA - UW
Notícia cadastrada em: 08/03/2023 11:16
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