Análise da associação de polimorfismos nos genes MMP2 e MMP9 e dos seus níveis de expressão gênica com complicações cerebrovasculares em pacientes pediátricos com anemia falciforme
Anemia Falciforme, AVC, Doença Cerebrovascular, Metaloproteinases de matriz, MMP2, MMP9
As metaloproteinases de matriz 2 e 9, são responsáveis pela remodelação da matriz extracelular além de estarem diretamente relacionadas com processos inflamatórios e de caráter neurológico, o que as coloca como grandes candidatas a moduladoras da fisiopatologia da anemia falciforme (AF), em especial das complicações de caráter cerebrovascular. Este trabalho teve como objetivo avaliar o impacto e possível associação dos polimorfismos nos genes MMP2 e MMP9 com o desenvolvimento de complicações cerebrovasculares em pacientes pediátricos com AF. No estudo foram selecionados 364 pacientes pediátricos entre 2 e 20 anos (mediana de idade de 14 anos) acompanhados pela fundação HEMOPE, e foi realizada a genotipagem para os polimorfismos -1306 C>T (rs243865) do gene MMP2 e rs17576 do gene MMP9 por meio de PCR em tempo real com sondas TaqMan®. Nenhuma associação foi observada entre o polimorfismo rs243865 com as variáveis clinicas e laboratoriais analisadas. Já em relação polimorfismo rs17576 apesar de não ter sido observada uma associação com nenhuma variável clínica, uma associação inusitada com três variáveis laboratoriais foi encontrada; número de células vermelhas (RBC) p=0,032, bilirrubina total (BT) p=0,003 e bilirrubina indireta p=0,007.De forma geral esses resultados nos trazem reflexões controvérsias sobre a real participação das gelatinases da modulação da AF abrindo fronteiras para novas análises através de novas perspectivas.