Banca de QUALIFICAÇÃO: ANA CLÁUDIA MENDONÇA DOS ANJOS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANA CLÁUDIA MENDONÇA DOS ANJOS
DATA : 02/12/2022
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO:

INVESTIGAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO DE POLIMORFISMOS EM GENES
CANDIDATOS COM O RISCO DE ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL EM COORTE PEDIÁTRICA COM ANEMIA FALCIFORME


PALAVRAS-CHAVES:

Anemia Falciforme; Doença cerebrovascular ; Doppler
transcraniano; moduladores genéticos.


PÁGINAS: 96
RESUMO:

O acidente vascular cerebral (AVC) é uma complicação da anemia falciforme
(AF), doença genética mais comum no mundo, relacionada com alta morbidade
e mortalidade. Atualmente, a única ferramenta disponível para rastrear o risco de
AVC em crianças com AF é o Doppler Transcraniano (DTC). Apesar desuas
vantagens, a técnica apresenta algumas limitações que restringem sua
capacidade de identificação precoce de pacientes com maior risco. Vários
estudos sugerem que alterações em genes não relacionados com a mutação
primária da AF possam modular o quadro clínico dos pacientes, contribuindo para
o desenvolvimento do AVC. Este trabalho propõe-se investigar polimorfismos em
genes cujas proteínas são importantes na fisiopatologia da AF associados ao
risco do desenvolvimento do AVC. Os polimorfismos selecionados são ANXA2
(rs11853426), TEK (rs489347), TGFBR3 (rs284875), ADCY9 (rs2238432),
ENPP1 (rs1044498), a deleção da alfa talassemia (-α

3.7Kb) e hapótipos do
gene da BS-globina. Foram selecionados para o estudo 403 pacientes com AF
menores de 20 anos de idade em acompanhamento regular na Fundação
HEMOPE. Os perfis clínicos e laboratoriais foram extraídos dos prontuários
clínicos. Os polimorfismos selecionados foram genotipados utilizando
Polymerase chain reaction (PCR) em tempo real por discriminação alélica. A
pesquisa da deleção da (-3.7-kb foi realizada pela técnica gap-PCR e a
determinação dos haplotiplos da β
s
-globina pelo método de PCR, seguido de
análise de restrição. Observamos em nosso estudo que níveis aumentados de
HbF tiveram impacto estatístico significativo na diminuição do risco do AVC
(p<0,001), assim como níveis menores de leucócitos (p<0,033). O efeito protetor
da alfa talassemia contra a ocorrência do AVC não foi estabelecido em nossa
população, provavelmente pela pequena quantidade de análises realizadas até
o momento. Ao avaliarmos os pacientes que desenvolveram AVC com os
resultados do DTC, observamos que 34,38% tinham DTC AR (p<0,0001). Esta
correlação é confirmada pela literatura. Em nossa coorte há predominância do
haplótipo CAR/CAR (57,8%), refletindo na gravidade da doença nestes
pacientes, uma vez que 39,8% dos pacientes apresentaram mais que dois
episódios de crise álgica ao ano. Não encontramos associação dos haplótipos e
nem dos polimorfismos dos genes candidatos com a ocorrência da DCV,
provavelmente tornando-os ferramentas não elegíveis na identificação do risco
de DCV em nossos pacientes. Os resultados preliminares deste estudo indicam
que o background genético dos pacientes em nossa população pode alterar a
influência dos modificadores genéticos da AF, tornando nossa população
adequada para o estudo de variantes genéticas e seus efeitos no desfecho
clínico.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - JOSEFINA APARECIDA PELLEGRINI BRAGA
Externo à Instituição - MAGNUN NUELDO NUNES DOS SANTOS
Presidente - 1869566 - RAFAEL LIMA GUIMARAES
Notícia cadastrada em: 01/12/2022 12:47
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