INFLUÊNCIA DE POLIMORFISMOS EM GENES RELACIONADOS ÀS COAGULOPATIAS EM PACIENTES COM COVID-19
COVID-19; gravidade; polimorfismos; ANXA2.
A COVID-19 apresenta manifestações clínicas que vão desde a ausência de sintomas até complicações graves. Diferentes desfechos podem estar relacionados a fatores como: idade, sexo, morbidades e variabilidade genética viral e do hospedeiro. Polimorfismos em genes envolvidos em coagulopatias têm sido associados a resultados graves de COVID-19. Investigamos a distribuição alélica e genotípica de polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs) nos genes ACE2 (rs228566), MTHFR (rs1801133) e ANXA2 (rs7163836 e rs7170178) e sua possível relação com a gravidade da COVID-19. Foram coletadas 312 amostras de swab nasofaríngeo de indivíduos com COVID-19 e o DNA genômico extraído. Os indivíduos foram estratificados em COVID-19 leve, grave e fatal. A genotipagem foi realizada por qPCR, usando sondas alelo-específicas. Nos casos leves, febre e tosse foram os sintomas mais frequentes (>76% em ambos). Nos casos graves, tosse (89,1%), baixa saturação (82,6%) e dispneia (78,3%) foram mais comuns. Nos casos fatais, os sintomas mais comuns foram dispneia (85,7%), baixa saturação de oxigênio e tosse (ambos 75,7%). Doenças cardiovasculares (29,3% e 15,7% respectivamente) e diabetes mellitus (25% e 14,3% respectivamente) foram as morbidades mais frequentes entre graves e fatais. Apenas o polimorfismo rs7170178 em ANXA2 foi associado. O genótipo AG foi significativamente mais frequente entre os casos fatais, sugerindo maior suscetibilidade à mortalidade da doença. Novos estudos envolvendo outras variantes do ANXA2 devem ser realizados para confirmar o papel desse gene nos diferentes desfechos clínicos da COVID-19.