Análise da imunogenicidade de vacinas de DNA multiepítopos contra o Zika vírus
Vacinas de DNA. ZIKV. Peptídeos sinais. Modelo murino.
A infecção por Zika vírus é associada a graves malformações fetais e complicações neurológicas em adultos, representando risco à saúde pública. No entanto, ainda não existem vacinas licenciadas para uso humano. Vacinas de DNA são plataformas altamente adaptáveis, eficientes, seguras e possuem rápida produção e bom custo-benefício, sendo opções interessantes para o desenvolvimento de estratégias vacinais. Neste trabalho, desenvolvemos dois candidatos a vacina de DNA contra o ZIKV, e avaliamos a imunogenicidade destes em ensaios com camundongos Balb/c. Para isso, foram utilizados 14 epítopos presentes nas proteínas do Envelope e NS1, preditos in silico como indutores de respostas mediadas por células T e B. Adicionamos o peptídeo sinal ssPGIP a um dos candidatos, como estratégia de otimização da imunogenicidade vacinal. As sequências foram clonadas no vetor de pVAX1 para expressão em mamíferos e utilizadas para a imunização dos camundongos. Após 21 dias, o período de imunização foi encerrado, o sangue e o baço dos animais foram coletados para análises bioquímicas, hematológicas e imunológicas. Até o presente momento, temos indícios que as duas vacinas de DNA testadas, pVAX_EnvNS1 e pVAX_ssEnvNS1, foram capazes de ativar linfócitos T CD4+ e T CD8+, bem como gerar resposta imune humoral de perfil Th1. Os dados obtidos indicam que a imunização com pVAX_ssEnvNS1 resulta em perfil polifuncional de produção de citocinas Th1, Th2 e Th17. Enquanto que a ativação de células T CD4+ e CD8+ observada para pVAX_EnvNS1 foi mais robusta e persistente.