Banca de QUALIFICAÇÃO: BRUNA VASCONCELOS DE ALCANTARA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: BRUNA VASCONCELOS DE ALCANTARA
DATA : 16/01/2024
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO:

IMPACTO CLÍNICO DA EXPRESSÃO DO GENEID1 NA LEUCEMIA PROMIELOCÍTICA AGUDA


PALAVRAS-CHAVES:
ID1; prognóstico; IC-APL

PÁGINAS: 49
RESUMO:
Apesar da expressão aberrante do inibidor do gene de ligação ao DNA 1 (ID1) ter
sido anteriormente associada à leucemogênese e mau prognóstico na leucemia
mieloide aguda, pouco se sabe sobre seu papel na leucemia promielocítica aguda
(LPA). Utilizando reação em cadeia da polimerase em tempo real quantitativa,
quantificamos retrospectivamente os transcritos do gene ID1 em 226 amostras de
medula óssea de pacientes com LPA tratados homogeneamente com ácido all-trans
retinóico (ATRA) e quimioterapia. O acompanhamento médio dos pacientes foi de 39
meses (intervalo de confiança de 95%, IC: 36-43 meses), com taxa de sobrevida
global (SG) estimada em 5 anos de 74% (IC 95%: 68-80%). Pacientes com alta
expressão de ID1 tiveram uma SG estimada em 5 anos menor (41%, IC 95%: 28-
54%) quando comparados com os pacientes com baixa expressão de ID1 (83%, IC
95%: 76-89%) (p <0,001). Esse resultado foi consistente com a análise de riscos
proporcionais de Cox (risco proporcional [do inglês, hazard ratio, HR]: 2,95, IC 95%:
1,63-5.28; p <0,001). Considerando apenas os pacientes que alcançaram remissão
completa (82%), a taxa estimada de sobrevida livre de doença (SLD) em 5 anos foi
de 84% (IC 95%: 78-90%). Pacientes com alta expressão de ID1 apresentaram SLD
em 5 anos significativamente mais baixa (74%, IC 95%: 55-85%) em comparação
com pacientes com baixa expressão de ID1 (86%, IC 95%: 78-92%) (p = 0,031). No
entanto, essa diferença não foi consistente com a análise multivariada (HR: 1,23, IC
95%: 0,46-3,26; p=0,67). Além disso, a expressão aberrante de ID1 foi capaz de
sub-estratificar os pacientes com doença de alto risco (ou seja, aqueles com
contagem inicial de leucócitos >10×109 /L), ou seja, pacientes de alto risco com alta
expressão de ID1 tiveram uma taxa de SG estimada em 5 anos menor (23%, IC
95%: 8–42) do que àqueles com baixa expressão de ID1 (62%, IC 95%: 45-75)
(p=0,0047). A expressão de ID1 manteve seu valor prognóstico na análise
multivariada (HR: 2,1, IC 95%: 1,2–4.1; p=0,04). Assim, concluímos que a expressão
aberrante do ID1 tem impacto prognóstico na LPA, pelo menos quando o tratamento
é a base de ATRA+quimioterapia, e pode ser útil para refinar a estratificação de risco
dos pacientes, embora esses resultados ainda precisem ser confirmados em coortes
independentes.

MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1453736 - ANTONIO CARLOS DE FREITAS
Externa ao Programa - 2067224 - BETANIA LUCENA DOMINGUES HATZLHOFER - nullExterno à Instituição - DIEGO ANTONIO PEREIRA MARTINS
Notícia cadastrada em: 09/01/2024 08:11
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