PPGGIC PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO, INOVAÇÃO E CONSUMO - CAA CENTRO ACADÊMICO DO AGRESTE - CAA Téléphone/Extension: Indisponible

Banca de DEFESA: JOALLINE CARLA ALVES DO NASCIMENTO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOALLINE CARLA ALVES DO NASCIMENTO
DATA : 27/02/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Google Meet - meet.google.com/npj-dxgp-stt
TÍTULO:

MULHERES EM CENA: uma análise interseccional das práticas de gênero em organizações de atuação jornalística de Caruaru-PE


PALAVRAS-CHAVES:

práticas organizativas; gênero; mulheres; interseccionalidade; resistências; organizações de atuação jornalística.


PÁGINAS: 138
RESUMO:

Durante as minhas leituras para me aprofundar nas teorias que me guiaram nesta pesquisa, pude
perceber que há uma lacuna interseccional quanto aos estudos das práticas organizativas de
gênero que têm a interseccionalidade enquanto ferramenta teórico-metodológica. Isso porque,
comumente, as mulheres não-brancas, com deficiência, de classe baixa, de corpo que foge do
padrão hegemônico e que não seguem o padrão heterocisnormativo,são excluídas das pesquisas
acadêmicas. Ao mesmo tempo, também identifiquei que há uma negligência das práticas de
gênero nos Estudos Organizacionais (EOR). Desta forma, esta pesquisa teve como objetivo
compreender como as práticas de gênero acontecem dentro de organizações de atuação
jornalística de Caruaru-PE, a partir de uma análise interseccional das vivências de mulheres
jornalistas/estudantes de jornalismo. Do ponto de vista teórico, recorri aos Estudos Baseados
em Prática (EBP), sobretudo sob o ponto de vista de Theodore Schatzki; e aos estudos de
gênero, com o foco voltado para as mulheres, principalmente levando em consideração as
discussões de Judith Butler e Joan Scott. Quanto à metodologia adotada para a
operacionalização desta pesquisa, ontologicamente, parti do ponto de que as práticas constituem
a realidade social e, consequentemente, as organizações; epistemologicamente, recorri à
perspectiva construtivista, com inspiração no pós-estruturalismo; o paradigma desta pesquisa é
o interpretativista e também as teorias da prática, a partir de uma análise interseccional; adotei
a abordagem metodológica qualitativa e de caráter exploratório, com a entrevista
semiestruturada e em profundidade e o diário de campo como instrumentos de coleta; e, por
fim, analisei os dados a partir da análise de conteúdo proposta por Laurence Bardin. No total,
entrevistei 17 mulheres. Por meio das entrevistas, pude identificar 11 categorias de análise, que
me permitiram compreender como as práticas de gênero ocorrem nas organizações de atuação
jornalística e como são estas constituídas. As categorias foram as seguintes: ingressar em área
predominantemente masculina; hostilidade; microagressões; silenciamento e invisibilidade;
assédio e objetificação; manipulação; sobrecarga; pagamento de salários diferentes; racismo;
homofobia, bifobia e transfobia; e resistências. Concluo que contribuí com o preenchimento
da lacuna interseccional e também com o fortalecimento da importância – e da necessidade –
que as pesquisas sobre as práticas de gênero têm nos EOR, além de propor estudos futuros sobre
a mesma temática.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - DIEGO COSTA MENDES - UFV
Presidente - 3970986 - ELISABETH CAVALCANTE DOS SANTOS
Externa à Instituição - JOSIANE BARBOSA GOUVÊA
Notícia cadastrada em: 27/02/2024 09:51
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