ANÁLISE ESTATÍSTICA DA REINSERÇÃO NO MERCADO DE TRABALHO DE TRANSPLANTADOS DE FÍGADO ACOMPANHADOS EM UMA UNIDADE DE TRANSPLANTE HEPÁTICO DO ESTADO DE PERNAMBUCO ENTRE 2012 E 2021
O transplante de fígado pioneiro no mundo ocorreu em 1º de Março de 1963. O transplante hepático só deverá ser indicado quando estiverem esgotados os métodos terapêuticos convencionais, sendo a probabilidade de sobrevida e a qualidade de vida maiores com a realização do procedimento. Nesta perspectiva, a pesquisa objetiva analisar estatística e econometricamente a reinserção no mercado de trabalho de pacientes pós-transplante hepático acompanhados em uma Unidade de Transplante de Fígado do Estado de Pernambuco que realizaram o procedimento entre 2012 e 2021. Realizou-se um estudo descritivo, transversal, com abordagem quantitativa, na Unidade de Transplante de Fígado (UTF) / Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC). Para análise dos dados coletados foi utilizada a técnica estatística Diff-in-Diff. O estudo concluiu que o Transplante Hepático reduziu em 20% as chances de empregabilidade dos pacientes acompanhados na Unidade de Transplante de Fígado do HUOC, apesar do aumento da sobrevida dos pacientes após o procedimento, visto que eles chegam a alcançar uma melhoria de vida significativa, a ponto de tentarem se reinserir no mercado de trabalho. O estudo propõe a necessidade de haver um incentivo às empresas em contratarem os doentes hepáticos após o transplante, na perspectiva de proporcioná-los mais dignidade, diminuindo a situação de miséria e vulnerabilidade a que alguns são submetidos, por, muitas vezes, não conseguirem acesso a benefícios sociais, mesmo em face de sua condição clínica de saúde.