PPGSC-CCM PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA - CCM CENTRO DE CIENCIAS MEDICAS - CCM Téléphone/Extension: Indisponible

Banca de DEFESA: ELIS MONTEIRO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ELIS MONTEIRO
DATA : 31/01/2024
HORA: 09:30
LOCAL: Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
TÍTULO:

Caps ad e comunidade terapêutica: Experiências de pessoas que vivenciaram os dois modelos de assistência. 


PALAVRAS-CHAVES:

CAPS, Comunidade Terapêutica, modelos de cuidado.


PÁGINAS: 90
RESUMO:

O presente estudo, de caráter qualitativo, busca analisar as experiências dos usuários em dois modelos de assistência às pessoas com uso prejudicial de drogas. Considerando que

o Modelo de Atenção Psicossocial é fruto da Reforma Psiquiátrica. Todavia, a atenção psicossocial é marcada pela coexistência de modelos antagônicos, ou seja, entre o modelo de privação de liberdade e o modelo de reconhecimento de direitos e oferta de cuidado integral e territorial. Este antagonismo também se repete quando a atenção de pessoas que fazem uso de drogas e é justificado por interesses políticos, ideológicos e financeiros. Neste contexto, é notório o aumento de investimento de recursos públicos em instituições não governamentais, as Comunidades Terapêuticas (CT), de caráter privado, e em sua maioria, vinculadas às instituições religiosas. Em contrapartida é verificado a diminuição investimentos em serviços substitutivos formadores da rede de atenção psicossocial (RAPS), vinculados ao SUS, entre eles os CAPS. Considerando o espaço que as CTs vêm ocupando no atendimento aos usuários de drogas e a divergência do seu modelo de cuidado em relação as diretrizes do SUS e da reforma psiquiátrica, torna-se fundamental conhecer como os usuários que passaram pelos dois modelos, experenciaram o cuidado ofertado ou a falta de cuidado. Para este fim, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 10 pessoas (entre 32 e 62 anos) que já haviam utilizado ambos os serviços e que estavam admitidos no CAPS. Para a análise dos resultados foi utilizada a Análise de Conteúdo, onde foram construídas três categorias, a saber: “Entre a integralidade no cuidado e a violência no cuidado”, “Entre a construção do PTS e a imposição da reforma moral”, ‘Transitando entre a redução de danos e a abstinência”. Observou-se nas experiências relatadas a importância da efetivação do cuidado pautado em evidências científicas, na integralidade, na humanização, na redução de danos e no protagonismo das pessoas que buscam cuidado. Quantos aos relatos das experiências vivenciadas na CTs, constatamos que são vivencias de tratamento não respaldado na ciência, mas sim, em uma visão moralista, que defende a abstinência e a reforma moral como meio de cura para a alma, inclusive com práticas impositivas e violentas e que não respeitam as pessoas em tratamento. Os achados desta pesquisa apontam para a necessidade da defesa do modelo de cuidado preconizado pelo SUS e pela Reforma Psiquiátrica, como forma de ofertar um cuidado humanizado e respaldado na ciência. Os participantes também pontuaram a importância de serem ouvidos e acolhidos em suas demandas, apontando que os serviços devem proporcionar autonomia e protagonismo para as pessoas. Ou seja, que elas posam ter voz ativa e contribuir com a construção de seu projeto terapêutico singular, e assim, os serviços ofertarem um cuidado efetivo para pessoas em uso prejudicial de drogas.


MEMBROS DA BANCA:
Interna - ***.136.184-** - CAMILA PEREIRA ABAGARO - UFPE
Presidente - 2537942 - KEILA SILENE DE BRITO E SILVA
Externa à Instituição - NAÍDE TEODÓSIO VALOIS SANTOS
Externo à Instituição - TADEU DE PAULA SOUZA
Notícia cadastrada em: 12/01/2024 12:51
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