PPGSC-CCM PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA - CCM CENTRO DE CIENCIAS MEDICAS - CCM Téléphone/Extension: Indisponible

Banca de DEFESA: ROSIKELLE MORAIS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ROSIKELLE MORAIS
DATA : 14/12/2023
HORA: 09:30
LOCAL: Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
TÍTULO:
PROFISSIONALIZAÇÃO E FLEXIBILIZAÇÃO DO TRABALHO: UMA ANÁLISE SOBRE A INSERÇÃO PROFISSIONAL DOS BACHARÉIS EM SAÚDE COLETIVA

PALAVRAS-CHAVES:
Saúde Coletiva; Ocupação de saúde; Sistema Único de Saúde; Trabalho precário; Mercado
de trabalho.

PÁGINAS: 103
RESUMO:

No ano de 2008, surgem os primeiros Cursos de Graduação em Saúde Coletiva,
fundamentados em novas bases organizacionais e conceituais, os quais foram oportunizados
pelo Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais
instituído pelo Decreto n° 6.096/ 2007. Não havendo dúvidas quanto à necessidade desse
profissional para responder aos antigos e novos problemas estruturais do Sistema Único de Saúde, a
sua inserção profissional no mercado de trabalho vem encontrando importantes desafios,
considerando-se, de um lado, o seu embrionário processo de profissionalização e de outro, as
profundas transformações advindas da flexibilização do trabalho, fenômeno esse em processo de
consolidação no Brasil desde os anos 1990. Assim, o presente estudo analisou como vem se dando a
inserção profissional de egressos dos cursos de graduação em Saúde Coletiva oriundos de
universidades públicas do Estado de Pernambuco, considerando o processo de profissionalização no
cenário de flexibilização do trabalho. Trata-se de um estudo descritivo, exploratório, tipo estudo de
caso, que utilizou como técnica de pesquisa qualitativa entrevistas semiestruturadas a egressos,
coordenadores de cursos e representantes do COSEMS-PE. Adicionalmente, foram aplicados
formulários para os egressos formados a partir de 2016 a 2021 de ambas as universidades.
A análise das entrevistas foi baseada na metodologia de Bardin (2011). Os resultados dessa
investigação revelam a presença de uma força de trabalho majoritariamente feminina (75%),
composta por mulheres pardas e negras (62,4%) e qualificada profissionalmente por possuírem
formação em nível de pós graduação (74,1%). Entretanto, desafios referentes ao mercado de
trabalho se fazem presentes pelo registro de alto percentual de profissionais desempregados
(56,5%). E entre aqueles que se encontravam trabalhando no Sistema Único de Saúde, os
vínculos informais, ou seja, precários eram a maioria deles (72%) associados aos baixos salários
auferidos. A ausência de um processo consolidado de profissionalização emergiu quando os
bacharéis referiram desconhecimento social da profissão do sanitarista por parte da própria
gestão do SUS, de outros profissionais da saúde e da sociedade em geral. A necessidade de
regulamentação foi enfatizada pelos diversos atores entrevistados. Destaca-se nessa discussão a
recente e importante aprovação da Lei n° 14.725/2023 que regulamentou a profissão de sanitarista
graduado e pós-graduado, ainda que careça de detalhes referentes a prática da profissão do
sanitarista, e registro prévio no órgão competente do SUS, o qual, até o momento, é inexistente. A
presença desse profissional no SUS exige a expansão do Sistema Único de Saúde em conjunto com
a implementação de uma carreira profissional, incluindo oportunidades nas distintas esferas de
gestão. Na ausência dessas condições, um conjunto importante de profissionais de saúde vivenciam
situações precárias de trabalho no SUS ou encontram-se desempregados.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2367604 - RAQUEL SANTOS DE OLIVEIRA
Interna - 1130799 - HELOISA MARIA MENDONCA DE MORAIS
Interna - 1102266 - MARIA DO SOCORRO VELOSO DE ALBUQUERQUE
Externa ao Programa - 2143533 - ANA PAULA LOPES DE MELO - UFPE
Notícia cadastrada em: 24/11/2023 12:14
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