A autorreflexão no comportamento de professores do ensino superior na extensão universitária
Extensão Universitária, Comportamento Docente, Teoria do Comportamento Planejado, Autorreflexão, Instituições de Ensino Superior
A extensão universitária, uma das atividades finalísticas das Instituições de Ensino Superior, tem sido cada vez mais pautada no meio acadêmico. Uma das agendas de pesquisa vinculadas a esta temática está a atuação docente para cumprimento dessa finalidade. A execução de ações de extensão universitária por docentes de Ensino Superior foi nomeada nesse estudo como comportamento extensionista. Entre as demandas identificadas na literatura está a identificação dos antecedentes comportamentais dos docentes que possam prever, explicar ou modificar a intenção em realizar ações vinculadas a Extensão Universitária. A Teoria do Comportamento Planejado (TCP) apresentou um suporte teórico capaz de atender essa demanda, pois sua base está na identificação dos preditores comportamentais que predizem, explicam e podem modificar comportamentos através da análise da intenção comportamental. Apesar de alguns estudos comprovarem a eficácia da TCP, o autor da teoria sugeriu a possibilidade de acrescentar outras variáveis que poderiam potencializar os resultados, aumentando o seu poder preditivo. Assim como as variáveis utilizadas na TCP, a autorreflexão é uma dimensão vinculada à predição do comportamento humano. Entende-se por autorreflexão o ato praticado pelo indivíduo de refletir sobre si mesmo, considerando suas experiências, vivências e avaliando as razões para desempenhar determinados comportamentos. É possível observar que a autorreflexão dialoga diretamente com a TCP, podendo modificar a TPC aumentando assim o seu poder preditivo e gerando novos insights no processo comportamental. Nessa perspectiva, este projeto de doutorado objetiva compreender como a autorreflexão de professores do ensino superior atua sobre os antecedentes do comportamento extensionista à luz da Teoria do Comportamento Planejado. Para isso, será aplicado uma metodologia quantitativa a partir dos percursos metodológicos sugeridos por Icek Ajzen (autor da TCP) e da adaptação da Escala de Autorreflexão e Insight de Grant, Franklin e Langford adaptada para adultos brasileiros por DaSilveira, DeCastro e Gomes. Como técnica de análise de resultados será utilizada a Modelagem de Equações Estruturais (MEE). A MEE demonstrará como a autorreflexão está relacionada com as variáveis da TCP e consequentemente com a intenção e comportamento extensionista.