(Re)Pensando a inovação enquanto um processo coletivo: um estudo a partir das práticas da Cooperativa Mista dos Produtores Extrativistas do Rio Iratapuru à luz da teoria Ator-Rede
Inovação. Inovação Coletiva. Cooperação. Cadeia Extrativista. Teoria Ator-Rede.
A discussão sobre inovação ganha complexidade ao considerarmos que ela pode emergir de uma ampla gama de contextos, ser impulsionada por estímulos diversos e manifestar-se em diversos âmbitos. Sendo assim, entende-se que a compreensão sobre inovação, que dominou ao longo do século XX, não permite analisar como se constroem processos de inovação considerando o contexto em transformação premente ao século XXI. O estudo da inovação orientada para o utilizador expandiu-se, com uma maior exploração empírica de um modelo distribuído de inovação que inclui em profundidade a perspectiva das comunidades em sua variedade de contextos, incluindo inovações feitas por indivíduos, famílias ou comunidades locais. Por meio disso, a pesquisa tem como objetivo analisar como a Cooperativa Mista dos Produtores e Extrativistas do Rio Iratapuru (COMARU), em suas práticas e relações estabelecidas com diferentes atores, possibilitam a construção da inovação coletiva no território da castanha da Amazônia oriental. Enquanto inspiração teórica-metodológica essa pesquisa faz uso do repertório da Teoria Ator-Rede (TAR) no contexto dos estudos sobre inovação, com uma abordagem processual e das práticas em torno do campo empírico. Dessa forma, o trabalho oferece um esforço na compreensão da inovação dentro de uma ótica de construção coletiva para além dos modelos centrados no empresarial.