A Modelagem de Processos de Negócios (BPM) tem recebido atenção considerável das comunidades de negócios e de tecnologia da informação (TI). Sendo um trunfo importante na busca de fechar a lacuna na comunicação entre esses dois grupos. Com o intuito de contribuir para diminuir essa lacuna, a dissertação aqui apresentada realiza um quase-experimento para verificar se os sinais utilizados como elementos gráficos da Notação de Modelagem de Processos (BPMN) representam sua semântica. Os dados foram coletados na forma de questionários com os 104 participantes divididos em dois grupos: participantes que tiveram conhecimento prévio da notação (Fase 1) e aqueles que não tiveram contato com ela (Fase 2). Dessa forma, foi possível evitar viés comparativo entre signos já em uso pela notação e elementos gráficos sugeridos durante a Fase 1 da etapa de operação do desenho de pesquisa. Esses dados passaram por uma análise semiótica descritiva qualitativa e as hipóteses foram testadas por meio de um teste Qui-quadrático. Essas análises mostraram que os signos utilizados pelo BPMN são signos simbólicos, portanto uma generalização construída pelo homem, enquanto os participantes demonstraram preferência por signos icônicos, aqueles que compartilham uma relação visual com o objeto que estão representando. Isso demonstra que analisar semioticamente elementos gráficos, signos, que serão usados em notações, é essencial para projetar diagramas de processos de negócios compreensíveis.