Avaliação da atividade biológica de pigmentos bacterianos produzidos por Serratia marcescens para aplicabilidade em rações de animais domésticos
Biopigmento. Prodigiosina. Avaliação toxicologica. Ração animal. PetFood
Os corantes alimentares desempenham um papel importante na indústria alimentícia animal devido à sua capacidade de melhorar a aparência, conferindo-lhes maior apelo visual. No entanto, nos últimos anos, as questões sobre o nível seguro do uso desses aditivos aumentaram significativamente. O Brasil é o segundo maior país em população de cães e gatos, sendo de 54,1 milhões cães e 23,9 milhões de gatos, obtendo alta demanda sob a indústria Pet-Food. Diante disso, neste trabalho foi investigada a produção de prodigiosina por Serratia marcescens UFPEDA 223 e sua aplicabilidade como corante alimentício para ração animal. Para isso, a produção da prodigiosina foi realizada pelo cultivo submerso de S. marcescens UFPEDA 223 em meios descritos para a produção do pigmento, seguido por extração do pigmento por vias nanotecnológicas, buscando obter maior custo-benefício na concentração de nanomicelas de prodigiosina. rendimento máximo obtido foi de 61 g/L. e a presença de prodigiosina foi confirmada pelo pico máximo de absorbância a 536 nm como caracterizado pelo grupo. O corante de prodigiosina demonstrou estabilidade em diferentes temperaturas (0, 10, 50, 70, 100 e 120°C), pH (2, 4, 6, 8, 10, 12) e concentrações de NaCl (0.1%, 0.2%, 0.5%, 0,8%, 1%, 2% e 5%). Ademais, foi investigada a toxicidade do pigmento nos modelos in vivo de Allium cepa, Caenorhabditis elegans, Galleria mellonella e Mus musculus (swiss albino). Para Allium cepa foram avaliadas as concentrações de 250, 500, 750 µg/mL (corante/água destilada). Para Caenorhabditis elegans e Galleria mellonella foi avaliada a concentração de 20 mg/mL (corante/ solução tampão M9). Observando-se toxicidade apenas no modelo de Caenorhabditis elegans onde foi possível determinar a concentração da dose letal mediana (DL50) de 0,5994 Mg. Desta forma, os resultados corroboram para a confirmação do potencial do corante de prodigiosina em ser aplicável nas diversas áreas industriais alimentícia e farmacêutica. Os ensaios no modelo roedor Mus musculus (swiss albino) estão em andamento e nos fornecerão informações sobre a toxicidade aguda e genotoxicidade do corante de prodigiosina como determinado pelo Art. 5° inciso II da RDC N° 778/2023.