Banca de DEFESA: HELAYNNE RAHYSSA SAMPAIO VIANA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: HELAYNNE RAHYSSA SAMPAIO VIANA
DATA : 14/04/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Sala virtual do CAA
TÍTULO:

PEDAGOGIAS DO CORPO SAGRADO: DANÇA NAGÔ E PRODUÇÃO DE

SUBJETIVIDADES NO ILÊ OBÁ AGANJÚ OKOLOYÁ


PALAVRAS-CHAVES:

terreiro de candomblé; pedagogias do corpo sagrado; corporeidade;
dança nagô; subjetividades.


PÁGINAS: 128
RESUMO:

“Ilê, como é lindo de se vê, ilê, como é lindo...” O trecho dessa composição escrita
por minha mãe carnal, Oyá Tundê, Yá Maria Helena Sampaio, traduz bem o
sentimento de pertencimento e alegria de fazer parte de um legado ancestral. Eu, cria
do Terreiro de Mãe Amara, sou diariamente atravessada nas minhas subjetividades
por seus ensinamentos. Meu corpo sagrado se move e se transforma no embalo das
águas e dos ventos sagrados de Oyá. Dessa forma, a presente pesquisa busca
compreender como se constitui as pedagogias do corpo sagrado presentes nos rituais
e práticas que envolvem a dança no Ilê Obá Aganjú Okoloyá – Terreiro de Mãe Amara.
Para auxiliar nessa compreensão, diálogo com as problematizações sobre corpo de
Moraes (2009), Gomes (2003) e das contribuições de Sander (2011) em relação a
corporeidade. A respeito do conceito de subjetividades, utilizo Deleuze (2001) e Fanon
(2008). Além dessas autoras e autores, trago as reflexões sobre pedagogias em
Ferreira (2010) e Macedo et all (2019). Nesse sentido, a partir dos imbricamentos entre
esses conceitos e o da dança nagô, que se alimenta de ambos para existir, mover-se
no mundo e sentir as vivências do sagrado, é possível elaborar o conceito “pedagogias
do corpo sagrado”. A partir dessa compreensão teórica e do método cartográfico,
principalmente a partir de Kastrup (2009), relaciono os processos dos moveres e
sentires da dimensão do sagrado na dança nagô de Pernambuco e como a sua
potência poética subjetiva a minha existência e das e dos bailariNagôs. Os mapas
construídos sugerem que a tradição religiosa afro diaspórica assimila o tempo das
coisas como movimento circular, pelo retorno e reinvenção de si, do corpo. As
tecnologias ancestrais se perpetuam, assim como nós, na existência que é eterna,
afinal a matéria se transforma, ao passo que o ser ancestral permanece. No terreiro
as pedagogias do corpo sagrado são fruto do legado ancestral, de modo que os
saberes mobilizados aduzem que “O axé de Mãe Amara é de prosperidade!”. Para o
povo nagô, o axé das ancestrais permite, na dança e em cada ritual religioso, moveres
dos omo-orixás e bailariNagôs que transpassam, pelo corpo, não apenas a ordem
espiritual, mas também subjetiva, cultural e política. As pedagogias do corpo sagrada,
no plural, através da dança nagô no chão do meu ilê, seja a dança nagô em sua
expressão ritualística quanto em sua manifestação cultural, forjam novos saberes e
processos de subjetivação.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2321280 - JANSSEN FELIPE DA SILVA
Externa ao Programa - 2435612 - MARIA ACSELRAD - nullPresidente - 1727235 - MARIO DE FARIA CARVALHO
Notícia cadastrada em: 28/03/2023 10:45
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