Banca de DEFESA: RUBEM VIANA DE CARVALHO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RUBEM VIANA DE CARVALHO
DATA : 28/02/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Sala virtual do CAA
TÍTULO:

UM ARCO-ÍRIS NA LUTA PELA TERRA: O CONSTRUIR DA PRÁXIS

PEDAGÓGICA DO COLETIVO LGBT DO MST


PALAVRAS-CHAVES:

Educação do campo, Práxis pedagógica, Gênero e sexualidades, Coletivo
LGBT Sem Terra, Queer Decolonial.


PÁGINAS: 242
RESUMO:

A luta social e, as formas com as quais, os grupos e coletivos sociais reúnem-se e organizam-
se estão em permanente movimento, assim como suas identidades. Deste modo, a identidade

não é a única forma de organização política por reivindicação de direitos, liberdade e igualdade
de condições de aparecimento e participação social. Outros processos sociais estão implicados
nessas articulações organizativas e nas formas de alianças políticas que produzem a práxis dos
movimentos sociais. A produção performativa dos sujeitos do Sul global remonta ao
colonialismo e, é continuada na colonialidade, a partir da reprodução, mas também do
enfrentamento criativo ao racismo e, especificamente, para os dissidentes sexuais e de gênero,
as LGBTfobias. É dentro dessa complexidade e dessa problemática que essa pesquisa se insere
analisando as narrativas e os documentos narrativos do Coletivo LGBT Sem Terra do MST,
tendo em vista compreender como esses sujeitos organizam a luta pelo aparecimento dissidente
na luta pela terra, constroem sua práxis e suas pedagogias, articulando e fazendo alianças com
os sujeitos heterossexuais do MST e, a outras pautas como as do movimento LGBT, Negro e
Feminista. Visou-se, então, enquanto objetivo geral: Compreender o modo como foi construída
a agenda LGBT no MST e a práxis pedagógica decorrente deste processo, onde foram
articuladas as perspectivas de luta pela terra com a de luta pelas vivências de gênero no âmbito
da diversidade sexual. Enquanto percurso metodológico, a pesquisa se insere nos estudos
qualitativos, sendo do tipo exploratória e explicativa, quanto ao método utilizaremos o Método
do Caso Alargado de Boaventura de Sousa Santos (1988) e Lage (2013), e, enquanto
instrumentos de coleta de dados e análise utilizamos a análise de documentos e a entrevista
narrativa de Jovchelovitch e Bauer (2008), e Muylaert et al. (2014), junto a análise de
documentos e a entrevista narrativa, utilizamos a abordagem analítica da Hermenêutica
Diatópica de Panikkar (2000, 2004) e Santos (2001, 2004), considerando o processo de
equivalência homeomórfica para estabelecermos um diálogo diatópico intercultural a partir das
dimensões simbólicas, dos sentidos e dos significados na experiência em questão. Os resultados
apontam que as LGBTs Sem Terra, a partir dos processos de formação, de conquista de espaços,
de aparecimento e reconhecimento, têm construído uma luta organizativa que tem transformado
as experiências precarizadas dos sujeitos dissidentes dentro do MST, a partir da produção
criativa de uma práxis queer e também, em certos momentos, decolonial que não só enfrenta as
violências de gênero e sexualidades construídas pelo aparato normativo sexista e LGBTfóbico,
mas também o racismo e a racionalização que silenciava suas vozes e suas experiências.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1528796 - ALLENE CARVALHO LAGE
Externa ao Programa - 2377622 - JAQUELINE BARBOSA DA SILVA - nullInterna - 1525198 - MARIA JOSELMA DO NASCIMENTO FRANCO
Notícia cadastrada em: 08/02/2023 11:21
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