EMARANHADOS SOCIAIS, POLÍTICOS E FANTASMÁTICOS NO SISTEMA
AVALIATIVO EDUCACIONAL PERNAMBUCANO: nas assombrações
constitutivas, o que deixamos de enxergar?
Avaliação educacional; Pernambuco; Teoria do Discurso; Lógicas
de Explicação Crítica.
A presente pesquisa problematiza a avaliação educacional utilizada pela rede
estadual de Pernambuco por meio do Programa de Modernização da Gestão Pública
- Metas para a Educação. Ao compreendermos o campo educacional como campo
político, nos ancoramos na ontologia política pós-estruturalista formulada pela Teoria
do Discurso de Ernesto Laclau e Chantal Mouffe ([1985] 2015), com a articulação
interpretativa proposta por Jason Glynos e David Howarth (2007). Nosso objetivo é
compreender a articulação que possibilita à política pública pernambucana promover
a padronização avaliativa das escolas da rede estadual de ensino. Forma o corpus da
pesquisa: documentos oficiais - locais e nacionais, fontes bibliográficas, notícias
veiculadas em diferentes mídias, websites, pronunciamentos oficiais. Sinteticamente,
intentamos oferecer as seguintes contribuições relacionadas à avaliação do sistema
educacional pernambucano: (a) caracterização e transformação de seus regimes e
práticas discursivas; (b) exposição de maneiras pelas quais ela prende e seduz os
sujeitos (c) explicação crítica dos objetos e condições discursivas que tornam os
padrões ou rotinas de articulações possíveis. Portanto, criticamente envolvemos um
plano sincrônico para a caracterização e um plano diacrônico para a identificação da
reprodução e/ou subversão, trazendo à tona as normas tidas como certas e legítimas
do sistema avaliativo em foco, as quais possibilitam sua hegemonia. Acreditamos que
a discussão poderá despertar possibilidades desnaturalizadas, reprimidas ou
excluídas.