GRAFIAS DE REVERSÃO SUBJETIVA RACISTA DOS CORPOS CAPOEIRISTAS SEGUNDO FRANTZ FANON
Capoeira, Pensamento de Frantz Fanon e Corpos Pretos Empoderados
O anseio antirracista foi a força motriz dessa pesquisa, além disso, a necessidade
do autor de (re)encontrar-se a partir de um outro local de interpretação, a saber: as
filosofias africanas que são encorpadas em movimentos produzidos dentro da roda
do mundo (capoeira). Sendo assim, essa pesquisa pretende compreender os
processos de reversão subjetiva racista no espaço formativo da capoeira segundo o
pensamento de Frantz Fanon. Por isso, pretendemos identificar os mecanismos de
inferiorização de corpos pretos como resultado do processo de colonização, nomear
os saberes que fortalecem e valorizam a identidade afro-diaspórica dos pretos e
pretas que praticam a capoeira e analisar os modos, as temporalidades e as
ferramentas que a capoeira utiliza como reversão das subjetividades
subalternizadas segundo Frantz Fanon. Portanto, escritos como os de Frantz Fanon
(2008; 1965; 1929), Boaventura de Santos (2007), Aimé Césaire (1978, 2010),
George James (1992), Aníbal Quijano (2005), Renato Noguera (2011; 2010; 2013),
Katiúscia Ribeiro (2020), como também as filosofias de Amenemope e de Òrúnmìlá
irão nos auxiliar para alcançarmos as nossos objetivos e pretensões. A natureza
dessa pesquisa é qualitativa (MINAYO 2007) , tendo como método o Estudo de
Caso Alargado (LAGE 2013; SANTOS 1983), como técnica de coleta nos
serviremos da observação participante e da entrevista semiestruturada (MINAYO
2007) e a técnica de análise será de Análise de Conteúdo (BARDIN 2011)