Banca de DEFESA: ALMIR JOÃO DA ROCHA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ALMIR JOÃO DA ROCHA
DATA : 26/03/2024
HORA: 14:30
LOCAL: Centro Acadêmico do Agreste
TÍTULO:

“TEM QUE SER UMA EDUCAÇÃO NOSSA”: práticas educativas quilombolas como
caminhos para a implementação da política de Educação Escolar Quilombola na

comunidade quilombola Cabileira, Altinho-PE


PALAVRAS-CHAVES:

Educação Escolar Quilombola. Pensamento Decolonial. Práticas educativas.


PÁGINAS: 266
RESUMO:

O presente estudo é fruto da pesquisa desenvolvida na Linha de Pesquisa Educação e Diversidade do
curso de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Educação Contemporânea, do Campus
Acadêmico do Agreste (CAA-UFPE). Nele, buscamos compreender quais são as práticas educativas
que a comunidade quilombola Cabileira desenvolve em seu cotidiano que podem contribuir para a
implementação da política de Educação Escolar Quilombola (EEQ) na escola da comunidade. A
necessidade de desenvolver esse estudo parte da percepção de que a educação escolarizada não tem
dado conta de problematizar a história e os processos educativos dos povos quilombolas na
perspectiva da horizontalidade e tem sido uma educação marcada pelo eurocentrismo que nega
qualquer conhecimento que se distancia do cânone ocidental de conhecimento. Partimos do
pressuposto que mesmo diante de processos hegemônicos que insistem em continuar colonizando os
povos quilombolas, existem outros caminhos que mostram a resistência histórica desses povos às
investidas da colonialidade nos seus diferentes eixos, e, portanto, afirmam-se como detentores de
práticas e formas de produzir conhecimentos, de modos de pensarem, de sentirem, interagirem,
viverem e amarem que vão além das formas ocidentais de produzirem conhecimentos. A pesquisa teve
como abordagem teórica-metodológica o debate advindo das reflexões de autores(as) que constituem o
Grupo Modernidade/Colonialidade (M/C) e que são percussores(as) do Pensamento Decolonial, este
que se constitui enquanto uma opção epistêmica e política que vem denunciando como determinados
lugares e grupos sociais têm suas identidades redesenhadas pelo eurocentrismo. Seguindo esse
caminho, o nosso objeto de estudo nos levou para o desenvolvimento de um fazer decolonial
(OCAÑA; LÓPEZ, 2019; OCAÑA; LÓPEZ; CONEDO, 2018) que enquanto uma opção outra de
fazer pesquisa nos possibilitou caminhar pela pesquisa bibliográfica e documental, pela etnografia
decolonial e pelas ações decoloniais do contemplar comunal, conversar alterativo e pela reflexão
configurativa. Diante disso, tivemos como objetivos: caracterizar a comunidade pesquisada e a escola
da comunidade, identificar e analisar quais são os desafios inerentes à implementação da EEQ a partir
das DCNEEQ na comunidade Cabileira e identificar quais são as práticas educativas desenvolvidas na
comunidade Cabileira, e como estas estão sendo tensionadas no currículo escolar para que a política
de EEQ seja implementada na escola da comunidade. Os resultados da pesquisa nos mostram que os
avanços, no que diz respeito à implementação da EEQ na escola da comunidade, ainda são
incipientes, visto que os desafios, apontados nas conversas alterativas, ainda estão longe de serem
superados. Contudo, o nosso contemplar comunal nos mostrou que a desobediência epistêmica
desencadeada pela escola e pela comunidade Cabileira tem conseguido mostrar caminhos outros que
levam à superação dos processos de ensino-aprendizagem estruturados para negar, subalternizar e
folclorizar o povo quilombola. E tem sido através do trabalho docente desenvolvido no chão da
escola em parceria com a comunidade que o currículo colonizador e colonizado vem sendo
transgredido para que uma educação “nossa” comprometida com a decolonialidade das práticas
curriculares eurocêntricas seja construída.


MEMBROS DA BANCA:
Externa ao Programa - 2572665 - MARIA FERNANDA DOS SANTOS ALENCAR - nullInterno - 2299920 - SANDRO GUIMARAES DE SALLES
Presidente - 1152014 - SAULO FERREIRA FEITOSA
Notícia cadastrada em: 11/03/2024 10:38
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