Banca de DEFESA: JOSELHA FERREIRA DA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOSELHA FERREIRA DA SILVA
DATA : 18/12/2023
HORA: 14:30
LOCAL: Sala virtual do CAA
TÍTULO:

MOVIMENTOS ENTRE A POLÍTICA COGNIÇÃO (IN)FORMAÇÃO E
(TRANS)FORMAÇÃO: FORMAÇÃO DE PROFESSORES E PROFESSORAS NO
CONTEXTO DE PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADO NA REDE DE ENSINO
MUNICIPAL DE CARUARU E A CONSTITUIÇÃO DE SUBJETIVIDADES DOCENTES


PALAVRAS-CHAVES:

Docência; Subjetividades Docente; Formação Continuada/Inventiva; Parcerias
Público-Privadas.


PÁGINAS: 145
RESUMO:

O presente projeto de pesquisa intitulado MOVIMENTOS ENTRE A POLÍTICA
COGNIÇÃO (IN)FORMAÇÃO E (TRANS)FORMAÇÃO: FORMAÇÃO DE

PROFESSORES E PROFESSORAS NO CONTEXTO DE PARCERIAS PÚBLICO-
PRIVADO NA REDE DE ENSINO MUNICIPAL DE CARUARU E A CONSTITUIÇÃO

DE SUBJETIVIDADES DOCENTES, tem por objetivo geral: Problematizar como se forjam
as subjetividades docentes no contexto das parcerias público-privadas. Nesse sentido, essa
pesquisa se interessa em pensar a docência, especialmente, a partir da formação continuada que
se desenvolve em contextos de intensificação das relações público-privadas, por meio da
Fundação Lemann e do Instituto de qualidade no Ensino – IQE, na rede municipal de ensino de
Caruaru, município do Agreste pernambucano. Tomamos como inspiração metodológica a
etnografia, uma vez que essa nos permite acompanhar processos, o que pensamos favorecer
maior aproximação com subjetividades docentes que podem estar emergindo no contexto de
formação continuada marcado pela intensidade de parcerias entre setor público e privado. Nosso
referencial teórico se apóia nos estudos Foucaultianos que discutem dispositivos de tecnologias
de poder; governamentalidade neoliberal, cuidado de si, além do conceito de empresário de si,
tratado por Laval e Dardot (2016), Safatle (2020), Brown (2019). Na tentativa de
problematizarmos e, compreendermos os movimentos de privatização da educação, tomamos
como referência os estudos e pesquisas de Peroni (2021), Peroni e Oliveira (2019, 2020) e
Adrião et al (2012, 2018, 2009), entre outros. Nosso conceito de formação parte da noção de
formação inventiva de Dias (2009, 2011, 2012, 2014, 2015, 2019), e Kastrup (2007, 2008,
2020), entendendo a formação como devir a partir da filosofia da diferença, voltada a uma
política de cognição (trans)formação, a qual é avessa a política de cognição (in)formação,
presentes em formações que estão configuradas por representações/ momentos pedagogizantes,
fixos de um mundo pré-dado. Destacamos em nosso achados que os professores e professoras
(re)conhecem e se movimentam nesse contexto entre prescrições e normatizações da PPPs,
assim como da BNCC, mas que aponta a necessidade de proteger sua autonomia para
construção de experiências e aprendizagens que possa ser acolhidas pelos espaçostempos da
escola. Desse modo dizem sobre a necessidade de uma gestão escolar que se organize para criar
um espaçotempo potente que mobilize momentos de encontros capazes de pensar a escola e a
docência conforme podemos problematizar com a literatura de Maschellein e Simons (2014)
uma escola e modos de ser-estar e se tornar docente numa perspectiva professor amateur, que
dispõem das dimensões ética-estética-política. Percebemos também, momentos de inventividade
que acontecem no encontro entre pares de modo que esses problematizam o cotidiano escolar e
as experiências vividas, criando linhas de fugas e agindo pelo o cuidado de si do mundo, como
modo de resistência a uma docência que escapa das prescrições e normatizações institucionais e
formais normalizadas e planejadas pela rede de ensino, apesar de acontecerem em curtos
espaços de tempo que escapam a ordem cronológica de tempo, são tais encontros que
possibilitam tecer conversas rizomáticas e outras subjetividades. Além dessa troca entre
saberefazeres docentes, ainda se envidenciou uma formação acontecida na própria sala de aula
no contato/relação entre professor e aluno a partir de uma conduta aberta a imprevisibilidade,
essa movida pela enação onde o sujeito tem a capacidade de constituir a si mesmo, pelo meio
experiencial SER=FAZER=CONHECER, que se define como sistema autopoiético.
Compreendemos assim que a docência vai se movimentando num campo de disputas que ora se
assujeita a condutas da arte governamental neoliberal, que busca se estabelecer a partir do
discurso de empresário de si, ora criam resistências, linhas de fugas e fazem outras políticas no
microcontexto - escola. Os achados da pesquisa (re)afirmam que a vida docente requer um
cuidado de si e do mundo perpassando as dimensões ética-estética-política, agindo pela
cognição inventiva, pela (trans)formação, pois ao encontrar as mais diversas expressões de artes
como a escrita, a literatura, a música, o cinema, as conversas rizomáticas, entre outros, ela
atinge a (trans)formação e outras subjetividades vão se constituindo escapando pelo encontro
que tem com a arte ao contexto da representação e normatização.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1328163 - CARLA PATRICIA ACIOLI LINS GUARANA
Interna - 1836356 - KATIA SILVA CUNHA
Interna - 1651275 - LUCINALVA ANDRADE ATAIDE DE ALMEIDA
Externa à Instituição - INALDA MARIA DOS SANTOS
Notícia cadastrada em: 28/11/2023 16:20
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