Desigualdade salarial entre gênero: impacto de filho com Doença Crônica
Doenças crônicas; Salário; Mães chefes de família.
Essa pesquisa tem como objetivo medir o impacto do filho com doença crônica na desigualdade salarial entre gênero. Para isso será utilizado os dados da Pesquisa Nacional da Saúde (PNS) do ano de 2019, referente aos filhos diagnosticados com alguma doença crônica ou de longa duração nesse período. As doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) foram a principal causa de mortes em indivíduos acima de 10 anos no Brasil, no ano de 2019. Grande parte das DCNTs possuem baixa hereditariedade, possuem causa desconhecida, o início é imprevisível e receber o tratamento adequado é crucial para a sobrevivência. Os resultados preliminares das análises descritivas dos dados mostram que as mães chefes de família com filho diagnosticado com alguma DCNT possuem, em média, uma renda salarial (advinda do trabalho) inferior àquelas que não possuem filhos com tal diagnóstico. No entanto, para os homens chefes de família com filho com DCNT, a sua renda salarial, em média, é superior à dos pais que não possuem filho com o diagnóstico. Isso sugere que parte da pena de maternidade provavelmente se deve às mães que carregam a carga econômica quando seu filho é diagnosticado com uma condição crônica de saúde.