Pernambuco Instrumental : A representatividade da cultura popular pernambucana como construção de sonoridade na música instrumental do artista Amaro Freitas.
Amaro Freitas, Jazz, Pernambuco, Negritude.
Esta dissertação apresenta a trajetória musical do pianista Amaro Freitas, de maneira que busca relacionar os eventos e as pessoas que corroboraram sua ascensão como um fenômeno que dialoga entre o tradicional e o contemporâneo. Por assim dizer, o estudo foi dividido por momentos específicos, estes, com base nas transformações estéticas que ocorreram tanto em sua música como na vestimenta e adereços. Tais mudanças se deram no decorrer de seus álbuns lançados no qual cada um deles compõem as bases de estudo que estão subdividido em três capítulos. São eles: Sangue Negro, Rasife Sankofa. No primeiro, destaca-se o fato do artista ser fruto de um Recife "jazzificado" e as implicações desse fato no início de sua carreira. No segundo, está em evidência a releitura das tradições de Pernambuco em suas composições, mudança no visual e o início de sua carreira internacional. No terceiro, os apontamentos são com base em sua relação com temas como negritude e ancestralidade. Nesse sentido,torna-se perceptível o quanto o artista, que é símbolo da nova geração do jazz nacional e internacional, tece interlocuções culturais de forma peculiar, uma vez que em suas composições se destacam linguagens do jazz, frevo, maracatu e afro-brasilidades.