O LUGAR DA VELHICE NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES DA EJA: UMA ANÁLISE DE CRENÇAS, ATITUDES E CONHECIMENTOS GERONTOLÓGICOS
Formação de professores; Crenças e atitudes; Gerontologia educacional; Educação de jovens e adultos; Conhecimento gerontológico.
Esta pesquisa de natureza qualitativa que se insere na área da Educação, mais especificamente na linha formação de professores e prática pedagógica, objetiva analisar o que revelam, no que diz respeito à formação de professores, as crenças, atitudes e conhecimentos sobre a velhice que professores da educação de jovens e adultos possuem. Como objetivos específicos buscou identificar as relações entre as crenças e atitudes e a formação de professores; verificar se a temática velhice tem sido contemplada durante a formação dos professores; identificar o nível de conhecimento que os professores têm sobre o processo de envelhecimento, a velhice e o idoso; identificar aproximações e distanciamentos entre marcos regulamentares sobre a temática velhice e a formação dos professores. Foi tomado por marco teórico o pensamento freiriano atrelado à algumas categorias do materialismo dialético para compreender e analisar a formação de professores e sua relação com a sociedade, bem como construções teóricas do campo da gerontologia educacional que subsidiam os debates sobre os idosos e sua presença na educação de jovens e adultos. Quanto à metodologia, este foi um estudo exploratório descritivo, que utilizou como instrumentos um questionário sociodemográfico, uma escala diferencial semântica para avaliação das atitudes e crenças em relação à velhice, um questionário para medição do nível de conhecimento básico sobre gerontologia e grupos focais, além da análise de conteúdo de diversos documentos que se relacionam com a formação de professores, educação de jovens e adultos e idosos. Os sujeitos que compuseram esta pesquisa são professores da educação de jovens e adultos vinculados a Gerência Regional de Educação Metropolitana Norte. Como principais achados, destacamos que os docentes demonstram um baixo nível de conhecimento gerontológico, bem como crenças e atitudes negativas, nos grupos focais, e positivas e neutras, na escala diferencial semântica utilizada. Quanto a formação de professores, tanto a nível inicial como a nível continuada. os sujeitos indicaram não terem participado de quaisquer experiências formativas que privilegiassem o público idosos. Os dados obtidos nos permitiram identificar que a ausência de formações que efetivamente tratassem da temática da velhice ofereceu um elemento que contribui para a manutenção de crenças e atitudes negativas em relação à velhice, bem como o baixo nível de conhecimento gerontológico.