“Produtos naturais da Caatinga como potenciais fármacos: Bioprospecção de Erythroxylum revolutum e Syagrus coronata”
Bioprospecção, Produtos naturais, fitoterápicos
Uma gama de moléculas bioativas oriundas da Caatinga já foi catalogada nos últimos anos, demonstrando um potencial espetacular para a bioprospecção. O intuito do presente estudo foi evidenciar o potencial farmacológico de duas espécies nativas da Caatinga (Erythroxylum revolutum e Syagrus coronata), contribuindo com informações importantes para o desenvolvimento de novos fármacos. Foram desenvolvidos 5 artigos. O primeiro é uma revisão sistemática sobre plantas da Caatinga com potencial antifúngico. O segundo artigo trata-se de um estudo toxicológico com a fração de alcaloides extraída das folhas de E. revolutum, onde investigamos sua toxicidade oral aguda e citotoxicidade contra células normais e tumorais. O terceiro artigo teve como objeto de estudo o mesmo produto, onde investigamos as ações antinociceptiva, antiinflamatoria, gastroprotetora. O quarto artigo investiga essa mesma fração de alcaloides como adjuvante no tratamento de infecções causadas por Candida albicans. O quinto e último artigo tem como objeto investigativo outro produto natural, o óleo fixo extraído das sementes de S. coronata e sua ação contra Candida albicans. O que esses dois produtos tem em comum? Apenas o fato de serem nativos da Caatinga? Não! Ambos os produtos demonstraram ter potencial para a formulação de novos fármacos que podem atuar em infecções, uma vez que o processo infeccioso gera dor e inflamação. Além disso, muitos analgésicos e anti-inflamatórios utilizados atualmente são altamente prejudiciais para a mucosa gástrica. Logo, devido ao que foi posto somado à problemática da resistência microbiana, a formulação de novos fármacos seguros para a população é urgente! Com os resultados que aqui obtivemos, contribuímos com informações essenciais para a resolução dessas problemáticas, visto que os produtos naturais aqui investigados, a fração de alcaloides de E. revolutum e o óleo fixo de S. coronata apresentaram resultados positivos, que corroboraram com nossas hipóteses iniciais.