Efeitos do treinamento físico moderado sobre o estresse oxidativo e expressão de receptores glutamatérgicos e gabaérgicos no tronco encefálico de ratos submetidos a restrição proteica materna
Desnutrição; Exercício físico moderado; Tonus vasomotor, Hipertensão neurogênica; Doenças crônicas.
Estudos demonstram uma forte correlação entre insultos nutricional inadequado, como a
desnutrição proteica, durante os períodos de gestação e de lactação na gênese de doenças
crônicas, incluído a hipertensão. Entre vários mecanismos levantado para tais patologia, o
estresse oxidativo tem uma influência relevante. Em contraste, o exercício físico moderado é
apontado como um modulador positivo do estresse oxidativo e do fluxo simpático central,
reduzindo o risco do surgimento dessas doenças, sendo ele uma estratégia para combater o
aparecimento e/ou progressão de doenças crônicas. Desta forma, o presente estudo teve como
objetivo investigar os efeitos do treinamento físico moderado sobre o balanço oxidativo e a
expressão de peptídeos excitatórios e inibitórios no tronco de ratos jovens submetidos a
desnutrição proteica materna. Inicialmente, 8 ratas prenhas foram divididas em dois grupos
experimentais: controle (C) e desnutrido (D), que receberam respectivamente uma dieta
contendo 17% e 8% de caseína durante toda a gestação e lactação. Durante os dias 26, 27 e 28
os animais realizaram o teste de esforço incremental em esteira, aos 30 dias de vida, os grupos
controle (C) e desnutridos (D) foram subdivididos em grupos não treinados (CNT e DNT) e
treinados (CT e DT), sendo então submetidos a um programa de treinamento físico moderado
(50% da capacidade máxima de corrida) em esteira ergométrica durante 4 semanas durante 1
hora por dia. Aos 60 dias, o tronco encefálico foi coletado e as seguintes análises foram
realizadas: Biomarcadores do estresse oxidativo: MDA e Carbonilas; atividade enzimática da
citrato sintase, SOD, CAT, e GST; atividade do sistema antioxidante não-enzimático:
Sulfidrilas, GSH,GSSG e a Razão GSH//GSSG; expressão gênica dos peptídeos excitatório
GRIN1 e GRIA1; expressão gênica dos peptídeos inibitórios GABARA1, GABRB2,
GABARAPL1 e GAD; e a expressão gênica da UCP2. De forma resumida, observamos que os
animais que receberam uma dieta com menor teor de proteínas apresentaram prejuízo no
metabolismo oxidativo, desbalanço no estado REDOX e uma maior sensibilidade a impulsos
excitatórios. Por outro lado, o exercício físico reverteu o estresse oxidativo e aumentou a
expressão do peptídeo GABARAPL1 no tronco dos ratos desnutridos