MAPEAMENTO DE PALEOLINHAS DE COSTA NA PORÇÃO SUL DE PERNAMBUCO (ADJACENTE À FOLHA DE IPOJUCA), UTILIZANDO MÉTODOS GEOFÍSICOS E GEOTECNIA MARINHA
Sísmica Rasa; Sondagem; Plataforma Continental-PE
A utilização de métodos geofísicos como a sísmica de reflexão, a varredura lateral com o sonar e a batimetria fornecem informações importantes na identificação de paleocanais, beachrocks e estabilizações de nível de mar, das quais essas estabilizações podem ser usadas para marcar o período de início e fim das sequencias de acomodação na Plataforma Continental Marinha. Estas rochas são utilizadas como evidências de paleoníveis do mar e também formam paleolinhas de costas submersas. Com o objetivo de evidenciar estas feições no reconhecimento do substrato de subsuperfície, foi realizado o perfilamento de sísmica, que se baseou na análise dos refletores encontrados nas seções de sísmica rasa, na região offshore da praia de Itapuama e Porto de Suape em Pernambuco. Os dados do perfilamento sísmico de reflexão geraram conjuntos de seções descritas através dos perfis longitudinais (L) e transversais (T). Tres unidades sísmicas U1,U2 e U3 foram identificadas bem como a paleolinha na isóbata de 15-20m, além dessa análise dos refletores, varredura lateral de fundo, também foi realizada a sondagem marinha tipo Jet-Probe e de superfície de fundo (Van Veen), com isso, foi possível validar além da sedimentação bem como a continuidade do alinhamento da paleolinha (15-20m), por observação de inflexões na declividade na Plataforma. A ocorrência dessas estruturas de subsuperficie, possivelmente associados às últimas variações relativas do nível do mar durante o Quaternário, sugerem que no Holoceno essas estruturas eram antigas linhas de costa. Portanto, os resultados deste trabalho contribuem na evolução Sedimentológica da Plataforma Continental adjacente à Folha Ipojuca-PE.