Efeito das Fissuras nas Emissões de Gases de Efeito Estufa em Camadas de Cobertura de Aterros Sanitários
fissuras; camada de cobertura; aterro sanitário; emissões de gases do efeito estufa.
A emissão de gases de efeito estufa, de acordo com a Abrelpe (2020), continua sendo pauta das reuniões internacionais e, nesse sentido, o setor de resíduos brasileiro, emite cerca de 96 milhões de toneladas de CO2eq anualmente. Em um aterro sanitário, o acondicionamento do resíduo e desempenho da camada de cobertura são primordiais para garantir segurança e mitigação de impactos ambientais. A escolha de solos argilosos causa, a longo prazo, devido aos ciclos de umedecimento e secagem, fissuras na camada. Devido à fissuração, pode-se aumentar a emissão de gases do efeito estufa (GEE) e a infiltração de líquidos, aumentando o volume de lixiviado produzido pelo resíduo aterrado. Assim, realizou-se o trabalho para compreender e quantificar, através de análise numérica, o efeito das fissuras nas emissões de gases do efeito estufa em camadas de cobertura de aterros sanitários. Realizou-se, então, um estudo numérico da percolação de gases na camada de cobertura dentro de três condições: sem fissura, fissura até metade da camada e fissura até o final da camada. Para isso, utilizou-se o programa SEEP/W para a simulação dos fluxos, em regime transiente, ascendentes e descendentes, respectivamente, do gás e da precipitação. A avaliação englobou a quantificação de gases emitidos durante um ano mediante fluxo proposto de metano. Verificou-se o aumento progressivo geométrico de 103 entre as emissões de gases do efeito estufa com aumento da profundidade da fissura para as condições propostas. Além disso, comprovou-se a superioridade da permeabilidade do solo fissurado no decréscimo da permeabilidade ponderada do solo.