Diretrizes para Implementação do BIM Para Gestão de Facilities com Ênfase na Coordenação de Projeto
Building Information Modeling. Gestão de Facilidades. BIM. Gestão das Manutenções.
A etapa de uso e operação de um empreendimento é a mais longa do seu ciclo de vida, representando também os maiores custos. A evolução da arquitetura e engenharia permite a construção de edifícios cada vez mais complexos, aumentando também o volume de dados que precisa ser gerido, sobretudo nessa fase, o que contribuiu para o surgimento da profissão de gerente de facilities. A publicação da norma de desempenho (NBR 15575) também ajudou a aumentar o interesse no assunto, uma vez que este documento define as responsabilidades dos construtores, incorporadores, projetistas e usuários, durante todo o ciclo de vida. Neste cenário, a utilização do BIM (Building Information Modeling) possibilita uma maior gestão das informações, evitando a perda de dados ao longo das etapas e facilitando o acesso às informações necessárias para as manutenções. Porém, a implementação do BIM na fase de operação, assim como nas demais, requer um planejamento cuidadoso, que leve em consideração uma significativa mudança nos processos da empresa. Assim, o objetivo desta pesquisa é estudar as principais diretrizes para implementação do BIM na gestão de facilities e, posteriormente, realizar sugestões de como realizar essa implementação, com foco na etapa de coordenação de projetos. Para tal, foi realizada uma revisão bibliográfica de guias e manuais que abordam boas práticas sobre o assunto, e que serviram de referência para elaboração de quadros de requisitos de informação, que foram utilizados na análise de projetos de arquitetura e instalações de empreendimentos reais, comparando-se as informações encontradas nestes documentos com as necessárias para o pós-obra. Os resultados encontrados reforçam a importância da existência de documentos que visem definir as informações necessárias e seus responsáveis durante o desenvolvimento dos projetos. Posteriormente, foram selecionados dois softwares de mercado, um do setor de acompanhamento de obras em BIM e outro referente à gestão das garantias e manutenções, que foram avaliados para uma possível integração e utilização como sistema de gestão das facilidades, com exemplo de aplicação prática. Por fim, estabeleceu-se fluxogramas, com dados de entrada e saída, para auxiliar a atividade do coordenador de projetos, com ênfase na gestão das facilidades.