Banca de QUALIFICAÇÃO: MARCELO TAVARES GOMES DE SOUZA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARCELO TAVARES GOMES DE SOUZA
DATA : 01/02/2024
LOCAL: Programa de Pós-Graduação em Ciência de Materiais
TÍTULO:

ESTUDO MECÂNICO E MICROESTRUTURAL DE GEOPOLÍMEROS DE METACAULIM COM INCORPORAÇÃO DE RESÍDUOS DE GESSO ALFA


PALAVRAS-CHAVES:

Geopolímero; Metacaulim; Resíduo; Geopolimerização.


PÁGINAS: 75
RESUMO:

A alta demanda global por cimento Portland causa sérios impactos ambientais, sendo responsável por cerca de 8% das emissões mundiais de CO2. Para mitigar isso, surgem alternativas como adições minerais e novos aglomerantes mais ecológicos, que consomem menos energia e emitem menos gases de efeito estufa. Nesse contexto, os geopolímeros se destacam como uma opção sustentável para a construção civil. O uso de metacaulim como precursor reacional é particularmente atrativo devido à sua composição estável e maior disponibilidade em relação a outros precursores. Os geopolímeros também oferecem uma solução interessante para a destinação de resíduos industriais, como o resíduo de gesso (RG), que é rico em íons de cálcio que podem participar das reações de geopolimerização, melhorando as propriedades mecânicas. O objetivo deste estudo é produzir geopolímeros com a adição de resíduo industrial de moldes de gesso, usados na fabricação de louça sanitária. Este resíduo é constituído por sulfato de cálcio na forma alfa, que difere cristalográfica e mecanicamente do gesso comum utilizado na construção civil. Foram preparados geopolímeros com uma incorporação de 5% de RG e avaliados os efeitos da razão molar SiO2/Al2O3, (2,5, 3,0 e 3,5) e da temperatura de cura. Os testes realizados incluíram ensaios de resistência à compressão, análises FTIR e DRX. Foi observado que não foi possível produzir geopolímeros com a razão molar SiO2/Al2O3 de 2,5, provavelmente devido à fonte de silicato utilizada. Já os geopolímeros com razões SiO2/Al2O3 de 3,0 e 3,5 demonstraram desempenho mecânico satisfatório, com aumento de até 223% na resistência à compressão com a incorporação de 5% de RG e cura aquecida. As análises de FTIR confirmaram a ocorrência da reação de geopolimerização. Com base nos resultados de DRX, conclui-se que o RG contribuiu para a formação de portlandita, o que provavelmente foi o mecanismo responsável pelo ganho de desempenho mecânico no material. Portanto, os resultados obtidos até o momento indicam que a incorporação de RG foi benéfica para a produção de geopolímeros.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - FÁBIO JOSÉ CARVALHO FRANÇA - IFPE
Externo à Instituição - DINIZ RAMOS DE LIMA JUNIOR - IFPE
Externo à Instituição - RICARDO HENRIQUE DE LIRA SILVA - IFPE
Notícia cadastrada em: 11/01/2024 10:24
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