Banca de DEFESA: ELTON MARLON DE ARAUJO LIMA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ELTON MARLON DE ARAUJO LIMA
DATA : 22/09/2023
HORA: 09:00
LOCAL: Programa de Pós-Graduação em Ciência de Materiais
TÍTULO:

DESENVOLVIMENTO DE UM NANOCOMPÓSITO MAGNÉTICO BASEADO EM ÓXIDO DE FERRO E POLIMERO CONDUTOR (γ-Fe2O3-POLITIOFENO) COMO UMA PROPOSTA DE PLATAFORMA TERAPÊUTICA CONTRA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR


PALAVRAS-CHAVES:

Nanocompósito magnético; leishmaniose tegumentar; nanotecnologia.


PÁGINAS: 165
RESUMO:

Neste trabalho, apresentamos a proposta de uma nova plataforma terapêutica nanobiotecnológica, baseada no uso de um nanocompósito de óxido de ferro magnético (γ-Fe2O3) e um polímero condutor (Politiofeno - PTh), desenvolvida para superar os limites do tratamento convencional da leishmaniose tegumentar. Após ser sintetizado com base na reação de Fenton, o nanocompósito magnético híbrido γ-Fe2O3/PTh foi caracterizado pelas técnicas de UV-Vis, FTIR, SEM-EDS, magnetização e de tamanho de partícula. O efetivamente recobrimento do PTh nas partículas do nanocompósito de γ-Fe2O3/PTh foi confirmado por medidas espectroscópicas, tendo elas apresentado um tamanho médio de 41 nm e comportamento superparamagnético, com saturação de magnetização de 15,7 emu/g à temperatura ambiente. Em seguida, foi investigado o perfil de citocompatibilidade do nanocompósito com células de mamíferos e eritrócitos humanos, bem como seu potencial antiLeishmania contra duas espécies causadoras de leishmaniose tegumentar (L. amazonensis e L. braziliensis) em seus dois estágios de desenvolvimento (promastigota e amastigota). Ao implementarmos os estudos de citocompatibilidade, verificamos que o nanocompósito γ-Fe2O3/PTh não reduziu a viabilidade das células testadas (macrófagos peritoneais, fibroblastos e vero), tendo apresentado baixa capacidade de causar ruptura em hemácias humanas de diferentes fenótipos, o que indica uma boa hemocompatibilidade. No geral, os estudos de citotoxicidade in vitro do nanocompósito γ-Fe2O3/PTh mostraram ter ele um promissor perfil de citocompatibilidade, abrindo a possibilidade de sua utilização em formulações terapêuticas. Por fim, também foi possível mostrar que esse nanocompósito inibiu significativamente o crescimento das formas promastigotas de L. amazonensis (com IC50 = 117,63 μg/mL). Para a forma celular amastigota intracelular, aquela de maior patogenia para o hospedeiro humano, o nanocompósito de γ-Fe2O3/PTh apresentou efeito de inibição significativo, com uma IC50 de 27,1 μg/mL (L. amazonensis) e 16,6 μg/mL (L. braziliensis). Foi ainda verificado que o nanocompósito γFe2O3PTh tem capacidade de causar a despolarização da membrana mitocondrial mais intensa sobre as formas promastigotas de L. amazonensis. Nossos resultados indicam que o nanocompósito γ-Fe2O3/PTh surge como um material promissor para avanços no tratamento da leishmaniose tegumentar através da proposta de um produto nanobiotecnológico que ofereceria uma boa eficácia contra espécies distintas dos parasitos sem que fossem causados danos à célula hospedeira (macrófago).


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - JOSMARY RODRIGUES SILVA - UFMT
Externo à Instituição - RICARDO BENTES DE AZEVEDO - UnB
Interna - 2199290 - BEATE SAEGESSER SANTOS
Presidente - 1130294 - CELSO PINTO DE MELO
Externo à Instituição - FABIO ROCHA FORMIGA - UPE
Notícia cadastrada em: 06/09/2023 11:48
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