Trajetória histórico-epistemológica dos Estudos de Usuários de Serviços de Informação no Brasil (1972-2020)
Estudos de Usuários; Serviços de Informação; História; Epistemologia; Brasil.
Apresenta análise de estudos de usuários brasileiros publicados na Base de Dados Referenciais de Artigos de Periódicos em Ciência da Informação em seu percurso histórico e epistemológico de 1972 a 2020. Formula estatísticas de artigos, dissertações e comunicações em eventos, de forma a relatar abrangência temporal, instrumentos de coleta de dados, abordagens teóricas e metodológicas, objetivos das pesquisas, tipologia do serviço informacional pesquisado, abrangência geográfica e vinculação institucional dos pesquisadores. Como resultados, mostra que: o estudo de usuários tem sido uma temática cada vez mais constante ao longo das décadas entre os acadêmicos do país; o questionário tem sido o principal instrumento de coleta de dados; a escala Likert é a abordagem teórica mais empregada, entre as poucas técnicas teórico-metodológicas vistas na literatura e que são aplicadas nos estudos de usuários; o perfil da clientela é o objetivo de pesquisa mais verificado; bibliotecas universitárias é o tipo de serviço de informação em que mais são feitos estudos de usuários; no Brasil, estes estudos são realizados principalmente no Nordeste e, depois, no Sudeste; A Universidade Federal de Minas Gerais é campeã entre os tipos institucionais que possuem autores a produzir tais estudos, seguida pela Universidade Federal da Paraíba e pela Universidade de Brasília. Conclui que estudar a comunidade que utiliza um serviço informacional ainda é bastante necessário e que não se esgotam facilmente as possibilidades de novos estudos, visto que há uma extensa quantidade de serviços e que se pode estudar os clientes do mesmo serviço informacional que já foi estudado antes, de tempos em tempos.