Banca de QUALIFICAÇÃO: LANA CAMILA GOMES DE ARAÚJO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LANA CAMILA GOMES DE ARAÚJO
DATA : 22/03/2024
LOCAL: videoconferência
TÍTULO:

O MAU GOVERNO DAS GENTES

Capitães-mores e governadores na Capitania da Paraíba (c.1707 - c.1750)


PALAVRAS-CHAVES:

Capitão-mor de capitania; Governador de capitania; Capitania da Paraíba; século XVIII.


PÁGINAS: 200
RESUMO:

Esse trabalho tem como proposta se inserir em uma renovação de estudos sobre as dinâmicas e estruturas políticas com o objetivo de analisar a administração colonial da Capitania da Paraíba durante a primeira metade do século XVIII, problematizando as dinâmicas do poder, assim como o desenvolvimento de estratégias, alianças e negociações interétnicas dos capitães-mores e governadores da dita capitania no exercício de sua função, partindo da concepção de que essas relações eram fundamentais para compreender as práticas políticas. Analisar as governabilidades dentro Império português, especificamente na capitania da Paraíba permite a construção de uma entidade política com proporções transoceânicas ou pluricontinentais, que por muito tempo foi desprezada pelos estudos mais estruturais e economicistas. Defendendo que o estudo da história política não deve renunciar à dinâmica socioeconômica, nem negligenciar os conflitos que moldaram o espaço e os poderes, pois são essas narrativas que nos permitem visualizar as várias facetas político-administrativas no ultramar. As atuações e trajetórias dos capitães-mores e governadores são uma importante ferramenta para discutir o poder local e seus arranjos, sobretudo, pelas manifestações dos administrados frente a atuação dos administradores régios. Para tanto, as principais fontes documentadas utilizadas foram, predominantemente, os documentos avulsos e em códices do Arquivo Histórico Ultramarino, no âmbito do Conselho Ultramarino, bem como os documentos contidos no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, a fim de examinar como se colocavam os elogios e as queixas contra os administradores. Por fim, verificou-se que as tramas reais evidenciam o caráter dinâmico das administrações da capitania e as relações entre os diversos protagonistas históricos consubstanciadas em uma ampla rede de articulação, nas quais as condutas misturavam-se com os interesses pessoais. Logo, para além do desejo de informar sobre um bom ou mau governo, escondiam-se as estratégias para manter privilégios e prejudicar seus opositores. Dessa forma, os agentes coloniais devem ser compreendidos como sujeitos posicionados para ação.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2331640 - GEORGE FELIX CABRAL DE SOUZA
Externa à Instituição - JUCIENE RICARTE APOLINÁRIO - UFCG
Externa à Instituição - LUANNA MARIA VENTURA DOS SANTOS OLIVEIRA
Notícia cadastrada em: 14/03/2024 13:40
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação (STI-UFPE) - (81) 2126-7777 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - sigaa03.ufpe.br.sigaa03