Banca de QUALIFICAÇÃO: DJOIRKA MINTO DIMOUNE

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : DJOIRKA MINTO DIMOUNE
DATA : 30/04/2019
LOCAL: CEERMA
TÍTULO:

New insight of the West tropical Atlantic Circulation based on 25 years of satellite altimetry, PIRATA data and GLORYS ocean reanalysis

(Nova percepção da Circulação oceânica na borda oeste do Atlântico tropical baseada em 25 anos de dados de altimetria de satélite, de dados PIRATA e de reanálise GLORYS)


PALAVRAS-CHAVES:

Atlântico tropical oeste, Variabilidade sazonal e interanual das correntes, Rotacional do vento, Modo Meridional do Atlântico, Modo Zonal do Atlântico, Correntes geostróficas derivadas da altimetria, Reanálise GLORYS12V1.


PÁGINAS: 215
RESUMO:

A borda oeste do Atlântico tropical é uma das regiões mais dinâmicas de todo o oceano, para onde a maioria das correntes zonais vão, transportando massas de água e calor. A sua importância deve-se principalmente às suas interações com a atmosfera, que influenciam o clima regional e as precipitações das regiões circundantes. O principal objetivo dessa tese é aproveitar o maior banco de dados das correntes derivadas da altimetria e das reanálises GLORYS12V1 (G12V1) disponíveis durante o período 1993-2017 para revisitar a circulação na borda oeste e aprofundar o conhecimento sobre a variabilidade espaço-temporal das correntes nas escalas espacial e temporais. Para tal foram selecionadas 9 secções transversais das correntes a fim de avaliar a evolução da circulação e a redistribuição das massas de água em toda a porção tropical da bacia. Antes disso, a acurácia do modelo GLORYS12V1 foi testada, comparando as saídas numéricas com as 15 seções de dados de corrente obtidas durante os cruzeiros científicos das campanhas do Programa Prediction and Research Moored Array in the Tropical Atlantic, realizado pelo Brasil (PIRATA-BR). As simulações foram também comparadas com a climatologia obtida a partir de derivadores, com resultados satisfatórios em ambos os casos. De sul para norte, as correntes derivadas da altimetria mostram dois comportamentos diferentes da amplitude da Corrente Norte do Brasil (NBC). No hemisfério sul, o NBC mostra um ciclo anual com um máximo (mínimo) de 0,6 m/s (0,3 m/s) durante a Primavera boreal (Outono) sob a influência do ramo central da Corrente Sul Equatorial (cSEC) e da subcorrente Norte do Brasil (NBUC), enquanto no hemisfério norte, o seu ciclo inverte-se sob a influência do ramo norte da SEC (nSEC) e a sua amplitude quase duplica. Os nossos resultados também mostram que a retroflexão do NBC (NBCR) é permanente durante todo o ano, mas é fraca durante a Primavera boreal. Neste período observa-se um fluxo para leste na região equatorial, que combina com o fraco ramo retroflectado da NBC (rNBC) para restringir a nSEC para leste e manter uma circulação ciclônica entre 0°-5°N; 35°W-45°W. Durante o outono boreal, o NBCR intensifica-se, surgindo uma estrutura com dois núcleos que reduze o seu fluxo de setembro até ao final do ano. Na parte oriental, a rNBC está ligada à Contracorrente Norte Equatorial (NECC), que também mostra uma estrutura com dois núcleos, e até mesmo dois ramos separados no final do ano, influenciados pelo rotacional do vento. As diferentes secções verticais de G12V1 também mostram as mesmas características e as mesmas variabilidades sazonais em ambos os lados do equador. O transporte do NBC na camada superior (0-100m) durante a Primavera boreal indica um transporte da NBCR equatorial de 1,8 Sv, unido ao fluxo fraco da retroflexão do norte (4,6 Sv), mantendo a circulação ciclônica equatorial.  A maior contribuição do NBCR para o NECC ocorre durante o outono boreal, com um transporte de 15,2 Sv para leste. Na camada inferior (100-35 m), a maior contribuição, tanto para a NBUC como para a Subcorrente equatorial (EUC), ocorre durante a primavera e o outono boreais (respectivamente 22,3 Sv e 20 Sv), quando a contribuição da Corrente Equatorial Norte (NEC) para o rNBC é também maior. A investigação das variações interanuais das correntes derivadas da altimetria (amplitude e deslocamento latitudinal), e da corrente NECC a 38°W (transporte e deslocamento latitudinal) mostra que a variabilidade da amplitude e da localização do NECC, a amplitude da NECC a 42°W, e o transporte da NECC a 38°W, estão associados às diferentes fases do Modo de variabilidade Meridional do Atlântico. Ao contrário, a 32°W, a amplitude e o deslocamento latitudinal da NECC, bem como o deslocamento latitudinal da NECC a 38°W, estão associados às fases do Modo de variabilidade Zonal do Atlântico.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1738148 - ALEX COSTA DA SILVA
Notícia cadastrada em: 04/01/2022 11:49
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