Banca de DEFESA: NAYANA BUARQUE ANTAO DA SILVA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : NAYANA BUARQUE ANTAO DA SILVA
DATA : 15/12/2021
HORA: 09:00
LOCAL: meet.google.com/uyw-mhth-tbw
TÍTULO:

COMUNIDADE DE DINOFLAGELADOS EPIBENTÔNICOS EM MACROALGAS DO LITORAL DE PERNAMBUCO, NORDESTE DO BRASIL


PALAVRAS-CHAVES:

praias, microalgas, nutrientes, fototróficos, toxicidade.


PÁGINAS: 100
RESUMO:

Esta pesquisa teve como objetivo identificar a estrutura, a variação quali-quantitativa e a
influência das variáveis ambientais na distribuição e abundância de dinoflagelados
epibentônicos, juntamente com diatomáceas e microplásticos associados às macroalgas
de praias urbanizadas e não urbanizadas do litoral de Pernambuco, Nordeste do Brasil.
As coletas foram realizadas durante o período chuvoso (julho, agosto/2017 e
março/2018) e de estiagem (setembro/2017, janeiro e fevereiro/2018), nas praias do
Pina, Pedra de Xaréu e Enseada dos Corais. Exemplares das macroalgas mais
representativas de cada praia e as variáveis ambientais (temperatura, salinidade,
nutrientes, pH e oxigênio dissolvido) foram coletados da região do mesolitoral e
encaminhados ao Departamento de Oceanografia da UFPE. As macroalgas foram
pesadas (peso úmido), divididas nas porções basal, mediana e apical, e acondicionadas
em potes de 30 mL, com água previamente filtrada proveniente do local de coleta. Em
seguida, foi efetuada uma agitação manual com o objetivo de deslocar os epibiontes e os
microplásticos, sendo a macroalga retirada do pote e a suspensão fixada com solução de
lugol (2%). Através das análises foram determinados: abundância dos epífitos (cel/g -1 ) e
microplásticos (partículas/g -1 ), abundância relativa (%), frequência de ocorrência,
riqueza de espécies, diversidade específica e equitabilidade. Não foram registradas
variações sazonais significativas entre as variáveis ambientais. Foram identificados 10
táxons de dinoflagelados, com destaque para pequenos indivíduos da classe
Dinophyceae, Gymnodinium sp., Ostreopsis cf. ovata Fukuyo, Prorocentrum lima
(Ehrenberg) F. Stein, Protoperidinium sp. e Scrippsiella spinifera G. Honsell & M.
Cabrini. A praia Pedra de Xaréu apresentou maior riqueza (9 táxons) e abundância, com
Ostreopsis cf. ovata e P. lima, com maiores valores de abundância em Hypnea
musciformis (Wulfen) J.V. Lamouroux (488 e 408 cel/g -1 ) e Sargassum sp. (34 e 90
cel/g -1 ), respectivamente, em março/2018. Na praia do Pina foram identificados 5
táxons de dinoflagelados, com dominância das espécies: Gymnodinium sp. e S.
spinifera, registrando 132 cel/g -1 (fevereiro/2018) e 40 cel/g -1 (agosto/2017) em Palisada
perforata (Bory) K.W. Nam. Dentre estas espécies identificadas, algumas são
consideradas potencialmente tóxicas, de acordo com bibliografia consultada. Além de
dinoflagelados epífitos, foram registradas partículas microplásticas de forma
filamentosa em todas as porções do talo de Palisada perforata, na praia do Pina,
chegando a alcançar 79 partículas/g -1 na porção mediana do talo macroalgal, em
setembro/2017. A única dominância dos dinoflagelados epífitos (63%) em relação ao
microplástico foi verificado na porção apical do talo, durante o período de estiagem
(fevereiro/2018), com 92 cel/g -1 , em P. perforata. Os microplásticos chegaram a
representar 100% dos agregados, na porção apical do talo, em março/2018 (95
partículas/g -1 ). Na praia de Enseada dos Corais, foram identificados 4 táxons de
dinoflagelados epífitos, além de 32 táxons de diatomáceas epífitas, Grammatophora
oceanica Ehrenberg, Melosira nummuloides C. Agardh e Navicula sp. sendo
classificadas como dominantes. A menor riqueza e abundância de epífitos encontrada
nesta praia foi registrada na parte basal do talo de Sargassum sp., em março/2018 (2

cel/g -1 ). As outras algas analisadas no local, Digenea simplex (Wulfen) C. Agardh e
Bryothamnion triquetrum (S. G. Gmelin) M. Howe, apresentaram maior abundância e
riqueza de espécies, devido ao talo de ambas serem frondosos e ramificados,
favorecendo uma maior quantidade de microhabitats para os epífitos. No entanto, apesar
das macroalgas transportarem em seu talo várias espécies de dinoflagelados e
diatomáceas epífitas, a fixação das espécies não ocorre de modo uniforme nas diferentes
porções dos talos das macroalgas. Com base nos resultados, pode-se concluir que
condições ambientais favoráveis, como alta temperatura e salinidade, podem estar
correlacionadas à abundância dos dinoflagelados potencialmente tóxicos e a variação
significativa no fosfato comprovaram a diferença do impacto antrópico entre a praia do
Pina e Pedra de Xaréu. Assim como, a onipresença dos microplásticos sugere que a
intensa urbanização dos ambientes costeiros torna o ambiente marinho vulnerável a esse
tipo de poluente e que podem contribuir para a degradação dos ecossistemas recifais,
afetando toda a cadeia trófica dos oceanos.


MEMBROS DA BANCA:
Interna - 2130453 - SIGRID NEUMANN LEITAO
Externa ao Programa - 1130757 - MARIA DA GLORIA GONCALVES DA SILVA CUNHA
Externo ao Programa - 709589 - MARCOS HONORATO DA SILVA
Externa à Instituição - JULIANE BERNARDI VASCONCELOS
Externa à Instituição - EVELINE PINHEIRO DE AQUINO
Notícia cadastrada em: 12/11/2021 11:52
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