Banca de DEFESA: ARTUR ALVES RODRIGUES DA SILVA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ARTUR ALVES RODRIGUES DA SILVA
DATA : 30/03/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Google Meet
TÍTULO:

BIOSSENSORIAMENTO ESTOCÁSTICO VIA NANOPORO PROTÉICO INDIVIDUAL NO DESENVOLVIMENTO DE MÉTODOS ANALÍTICOS PARA MICOTOXINAS


PALAVRAS-CHAVES:

Micotoxinas, Alfatoxina, Aflatoxina, Ocratoxina, Fumonisina, Biossensoriamento estocástico


PÁGINAS: 150
RESUMO:

As micotoxinas (MTXs) podem acometer grãos e cereais durante as fases de pré e pós colheita.
Essas substâncias são consideradas como metabólitos secundários produzidos por grupos de
fungos filamentosos e o acometimento dos alimentos citados acima, podem desencadear
processos tóxicos, quando consumidos por humanos e animais. Estudos mostram que 25% de
grãos que são colhidos ao longo do ano estão contaminados resultando em perdas bilionárias
para a indústria agrícola. Órgãos de controle, dada a importância de controlar as MTXs em
alimentos, estabelecem diretrizes para a vigilância dos níveis das MTXs mais tóxicas e listando
os principais alimentos que devem receber essa atenção. O padrão-ouro para determinação e
rastreio das MTXs em alimentos se concentram na utilização da cromatografia líquida, acoplada
ao detector de fluorescência ou a espectrometria de massas. No entanto, o uso de matrizes
complexas e o alto custo operacional que envolvem estas técnicas dificultam o emprego nas
rotinas de monitoramento analítico. Devido a necessidade de ampliar as possibilidades de novos
dispositivos analíticos para as MTXs, propomos utilizar o nanoporo da alfatoxina no
desenvolvimento de um sensor para detecção, quantificação e caracterização das principais
MTXs de interesse agrícola visando uma metodologia alternativa, menos onerosa e mais rápida
que as técnicas convencionais utilizadas atualmente. As bicamadas lipídicas planas livres de
solvente foram confeccionadas de acordo com a técnica adaptada de Montal & Muller, utilizando
o lipídeo diftanoil fosfatidilcolina Todos os experimentos foram realizados em condições de
fixação de voltagem (±20 a ±200 mV, Δ=20 mV), com solução banhante composta por KCl 1 M
ou 4 M, Tris 5 mM, pH 7,5 e temperatura de 25 °C. A adição de ocratoxina A, aflatoxina B1 ou
fumonisina B1 à solução de KCl no lado trans do nanoporo unitário da alfatoxina resultou em
eventos de bloqueio reversíveis e característicos da corrente iônica. Através do cálculo dos
valores de corrente residual (I/I0) foram identificados três perfis com valores de: 0.15 ± 0.001;
0.326 ± 0.025; 0.443 ± 0.025 (n=3) para ocratoxina, aflatoxina B1 e fumonisina B1,
respectivamente. Os valores médios do tempo de permanência (τoff) e os valores médios do
intervalo interbloqueio (τon) foram obtidos a partir de funções exponenciais simples, ajustadas
dos respectivos histogramas de cada parâmetro. Três valores distintos para o τoff correlacionados
para cada MTX foram identificados: 0.0311 ± 0.006 ms, 0.059 ± 0.007 ms e 0.0996 ± 0.011 ms
(n=3), respectivamente. A determinação da corrente residual associada com o τoff permitem, desta
forma, identificar e discriminar as MTXs em solução aquosa, conforme estudos prévios. Em
análises com as três MTXs simultaneamente foi possível observar a manutenção nos valores de
corrente residual e dos tempos de τoff, quando comparado com as análises individuais das MTXs
com o nanoporo, permitindo identificar na mistura cada MTX, corroborando com a capacidade
multianalítica da nossa técnica. Também evidenciamos que o fato de aumentar a concentração de
KCl de 1 M para 4 M, aumenta a sensibilidade do biossensor em até 5 vezes, corroborando com
estudos anteriores. Por fim, a técnica apresenta a capacidade de detectar as MTXs na ordem de
nanomolar. Portanto, o nanoporo da alfatoxina mostrou ser capaz de detectar as MTXs, podendo
se tornar um método analítico alternativo na quantificação e discriminação de MTXs em meio
aquoso.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - EDBHERGUE VENTURA LOLA COSTA - UFRPE
Externo à Instituição - JANILSON JOSE DA SILVA JUNIOR
Externa à Instituição - JULIANA PEREIRA DE AGUIAR - CUMN
Presidente - 2247580 - MICHELLY CRISTINY PEREIRA
Externo ao Programa - 1897026 - THIAGO DE SALAZAR E FERNANDES - null
Notícia cadastrada em: 10/03/2023 16:53
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