ATIVIDADES BIOLÓGICAS E EFEITOS TOXICOLÓGICOS DO ÓLEO FIXO DE Butia catarinensis NOBLICK & LORENZI
Palavras-chave: Butiá-da-praia. Segurança toxicológica. Arecaceae.
As plantas medicinais representam uma fonte incomensurável de compostos com potencial terapêutico, o que tem despertado e motivado o interesse de pesquisadores pelo estudo dessas espécies, principalmente aquelas ainda pouco exploradas no quesito farmacológico. Butia catarinensis é uma espécie endêmica de restinga de ocorrência exclusiva dos estados da região sul do Brasil. É considerada uma fonte de renda para comunidades locais devido a sua ampla exploração para fins alimentícios. Vale ressaltar, no entanto, que relatos na literatura sobre as propriedades terapêuticas desta planta são insipientes, denotando a necessidade de novos estudos científicos. Considerando o exposto, este estudo teve como objetivo determinar a capacidade antioxidante, leishmanicida, antimicrobiana e estabelecer a segurança toxicológica através de modelos experimentais in vitro e in vivo do óleo fixo desta espécie. Os resultados indicaram que o OFBc apresentou atividade estatisticamente significativa contra promastigotas de Leishmania chagasi e L. amazonensis, com IC50 de 0,37% e 0,5%, respectivamente. Além disso, não apresentou toxicidade à célula hospedeira até a concentração máxima testada. Em relação ao teste de toxicidade aguda, não foram observados sinais clínicos de toxicidade e nenhuma morte foi registrada no grupo dos animais tratados com a dose máxima de 2.000 mg/kg do óleo. A acidez, densidade relativa e o índice de refração foram determinados para o óleo fixo de B. catarinensis, obtendo-se uma acidez (% de ácido oleico) de 1,59±0,17, densidade relativa de 0,924±0,0 e um índice de refração de 1,457±0,37. Os ensaios antibacteriano e antioxidante, não evidenciaram efeitos estatisticamente significativos nas concentrações testes investigadas. Os resultados sugerem que o óleo fixo de B. catarinensis pode ser utilizado em estudos futuros anti-leishmania, apresentando baixa toxicidade nos modelos experimentais avaliados.
Palavras-chave: Butiá-da-praia. Segurança toxicológica. Arecaceae.