Banca de QUALIFICAÇÃO: AMANDA VIEIRA DE BARROS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: AMANDA VIEIRA DE BARROS
DATA : 29/04/2024
LOCAL: Anfiteatro do PPGCB
TÍTULO:

PROSPECÇÃO DA ATIVIDADE ANTIBACTERIANA E MODULADORA DE ÓLEOS ESSENCIAIS E METABÓLITOS SECUNDÁRIOS EM BACTÉRIAS MULTIDROGA RESISTENTE


PALAVRAS-CHAVES:

Resistência bacteriana; Sinergismo; Metabólitos Secundários; Óleos Essenciais; Docking molecular; Galleria mellonella.


PÁGINAS: 150
RESUMO:

A presente pesquisa tem como objetivo analisar Óleos Essenciais (OE) e Metabólitos Secundários (MS) como moduladores da resistência e virulência de bactérias resistentes de importância clínica. Para este trabalho foram avaliados 16 MS associados a Amoxicilina (AMO) em Staphylococcus aureus e Klebsiella pneumoniae. Pelo método de checkerboard, seis compostos demonstraram efeitos sinérgicos com a AMO, com FICI variando entre 0,1 e 0,5. Nossos ensaios de Docking Molecular (MD), a energia de ligação dos MS e da AMO sozinha foram menores quando comparadas com a energia das suas associações sinérgicas. As maiores pontuações de acoplamento, foram para a AMO com o  β-pineno, com score de acoplamento de -10,6 kcal/mol para a enzima de síntese de peptidoglicano (MurD) de S. aureus, e o Eugenol (EUG) com AMO apresentaram com score -10,6 kcal/mol para o regulador de quorum sensing (SdiA) K. pneumoniae, respectivamente. O EUG também atuou na modulação em isolados resistentes de K. pneumoniae e Pseudomonas aeruginosa, reduzindo a Concentração Inibitória Mínima (MIC) da azitromicina (AZT) para a 512 µg/mL para 8 µg/mL e 0,03 µg/mL para P. aeruginosaK. pneumoniae, respectivamente. As concentrações sinérgicas com o EUG apresentaram os melhores efeitos na cinética de morte e inibição do biofilme formado por K. pneumoniae. Na avaliação da ação do α-pineno (APN) e BPN na modulação da resistência e virulência de S. aureus MRSA, os compostos apresentaram sinergismo com AMO e Oxacilina (OXA). Na cinética de morte, as associações sinérgicas eliminaram de até 63,78% da carga bacteriana e inibiram em até 79,62% a formação do biofilme. O BPN associado a AMO e OXA, atuou de forma mais efetiva na inibição dos mecanismos de virulência, impedindo a coagulação em plasma sanguíneo e a hemólise promovida por S. aureus. Em análise in vivo, os tratamentos não apresentaram toxicidade para Galleria mellonella, além de reduzir a carga bacteriana, a produção de melanina e aumentar a viabilidade dos hemócitos na hemolinfa. No OE de Algrizaea minor (OEAM), o APN (11,79%) e BPN (38,73%) foram identificados como os compostos majoritários, no qual, o OE também apresentou sinergia com AMO e OXA,  reduzindo os MIC de >8 µg/mL e >1 µg/mL para 0,12 µg/mL para S. aureus MRSA, respectivamente. Observou-se que após duas horas, cerca de 53,8% das células bacterianas foram eliminadas na curva de morte. Além disso, as combinações sinérgicas potencializaram dano oxidativo do H2O2, inibiram a formação do biofilme em até 89,32%, assim como a coagulação e hemólise sanguínea. Nenhum dos tratamentos apresentaram toxicidade em modelo de G. mellonella, atuando de forma imunomoduladora no combate da infecção promovida por S. aureus. A pesquisa revelou resultados promissores sobre o potencial dos OE’s e MS investigados na modulação da resistência, sugerindo um potencial terapêutico significativo para o uso dessas combinações no enfrentamento às infecções bacterianas, além de destacar a importância da investigação de compostos naturais como adjuvantes aos antibióticos tradicionais. 


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - CLOVIS MACEDO BEZERRA FILHO - UFPE
Interna - 1133984 - PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
Presidente - 1960817 - THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
Notícia cadastrada em: 19/04/2024 20:24
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