O Brasil destaca-se no cenário agrícola mundial como um dos centros de produção e distribuição hortícola. O clima tropical favorece essa exploração, que atende às demandas de todo o globo. Nesse contexto, o estado de Pernambuco desempenha papel fundamental na produção de frutas. O cultivo do cajueiro (Anacardium occidentale L.), espécie nativa do Brasil, detém o trunfo de exploração tanto do seu fruto, a castanha, como do pedúnculo, tecido polposo do qual se aproveita para consumo in natura ou beneficiado. Contudo, essa última porção possui curto tempo de prateleira, o que limita seu aproveitamento comercial até mesmo a nível nacional. A alternativa convencional para promover o aumento do tempo de prateleira é o uso de embalagens plásticas sobre os produtos. Contudo, tais embalagens geram graves impactos ao meio ambiente, devido ao longo tempo de degradação desse material, que se acumula nos ecossistemas. Dessa maneira, o escopo desta pesquisa de mestrado é propor uma embalagem biodegradável e substituta ao plástico para aplicação sobre o produto. Serão comparadas formulações de revestimento comestível, atóxicas, à base quitosana fúngica e que contenha óleo essencial de tomilho ou óleo vegetal de licuri. Os frutos serão adquiridos na CEASA em Recife-PE. Serão selecionados os frutos que não apresentarem lesões para posterior sanitização, aplicação do revestimento comestível e das ações protetoras. Almeja-se elucidar a capacidade da associação entre a quitosana com o óleo vegetal de licuri ou o óleo essencial de tomilho em conferir proteção física e microbiológica ao pedúnculo do caju. Ambas formulações conseguiram reduzir a viabilidade microbiana de 5 cepas testadas. A formulação contendo óleo essencial de tomilho indicou conter maior concentração de compostos fenólicos totais e maior ação antimicrobiana.