Banca de DEFESA: DEOCLÉCIO LUSTOSA DE CARVALHO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : DEOCLÉCIO LUSTOSA DE CARVALHO
DATA : 31/08/2022
HORA: 08:00
LOCAL: VIDEOCONFERÊNCIA
TÍTULO:

ASPECTOS CRÍTICOS RELACIONADOS À AVALIAÇÃO DE RISCO  À SAÚDE DOS TRABALHADORES DA AGRICULTURA FAMILIAR NO SERTÃO DO SÃO  FRANCISCO


PALAVRAS-CHAVES:

Agrotóxicos, Técnicas in vitro, Agricultura familiar


PÁGINAS: 74
RESUMO:

Quando se iniciou a “revolução verde”, a utilização em massa de agrotóxicos que teria  o intuito de modernizar e aumentar a produtividade agrícola, os trabalhadores rurais passaram  a ser expostos a inúmeros riscos. O Brasil que é um dos maiores produtores agropecuários do  mundo, tornou-se nas últimas décadas um dos que mais utilizam agrotóxicos. A região do  Submédio do Vale do São Francisco é uma das principais áreas de exploração da  hortifruticultura irrigada do país, possuindo aproximadamente 50% da sua população  economicamente ativa empregada na agricultura. No entanto, a região faz uso indiscriminado  de agrotóxicos e em condições inseguras de trabalho, expondo a população, principalmente a  rural, aos danos causados por eles. Dentre os diferentes tipos de agrotóxicos, o dimetoato, um  organofosforado, é um dos inseticidas mais empregados. O presente estudo teve como objetivo  identificar e analisar as percepções de risco determinantes para o entendimento das situações  da exposição humana e ambiental aos agrotóxicos e a avaliação da permeação in vitro de  resíduos de dimetoato, buscando simular situações de rotina. Considerando a importância e a  atual necessidade de melhor entender o perfil dos trabalhadores da agricultura familiar, foi  aplicado um questionário de caráter quantitativo e qualitativo, que demostraram a situação de  utilização e exposição aos agrotóxicos e seus perfis socioeconômicos. Para os estudos in vitro foi utilizado as células de Franz, aplicação dose finita (1 jato de spray= 58800µg) do dimetoato  em uma seção de tecidos (jeans e tecido com proteção UV) antes de entrar em contato com a  pele humana. Nos questionários, os resultados mais significativos, demostraram que os  trabalhadores da agricultura familiar em suas práticas, configuravam os potenciais riscos à  saúde quanto a não utilização dos devidos EPI’s e as boas práticas na manipulação dos  agrotóxicos. No estudo in vitro, o perfil de permeação do dimetoato do tecido UV e jeans,  comparados com a pele humana, ambos os tecidos, foram significativamente diferentes e menor  que a permeação através da pele humana sozinha, logo após 2horas de experimento. Vale  salientar que, não existe diferença estatisticamente significativa no tempo de 10hs de  experimento, entre o uso do jeans e da pele sozinha (ANOVA post-hoc Bonferroni test, p<0.05).  Assim, os estudos preliminares demonstram que a deficiência de vestimenta correta durante a  aplicação de agrotóxicos e a não utilização dos demais EPI’s, descritos pela maioria dos  trabalhadores, aumenta o risco a exposição dos agrotóxicos. Portanto, um maior esforço na área  da educação deve ser feito na tentativa de mitigar essa situação. 



MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - CHEILA NATALY GALINDO BEDOR - UNIVASF
Externa à Instituição - GIOVANA DAMASCENO SOUSA - UFBA
Presidente - 2318850 - LEILA BASTOS LEAL
Notícia cadastrada em: 19/08/2022 16:04
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação (STI-UFPE) - (81) 2126-7777 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - sigaa01.ufpe.br.sigaa01