Atividade Antioxidante de Plantas Medicinais Utilizadas na Prevenção do Envelhecimento
envelhecimento; nutrição; antioxidante; plantas medicinais
A nutrição funcional é uma ciência integrativa baseada na melhoria das funções fisiológicas de cada indivíduo, de maneira a garantir o bem estar e a saúde quanto ao risco de desenvolver alguma doença ao longo da vida, por meio dos compostos bioativos aliada aos benefícios dos fitoterápicos antioxidantes pode contribuir com a prevenção de doença por reduzir o avanço de processos inflamatórios. O envelhecimento se caracteriza por uma redução na linha de defesa antioxidante e aumento do estresse oxidativo celular e consequentemente aumento das espécies reativas de oxigênio (EROs), que podem ocasionar dano celular. Dentro desse contexto, a utilização de extratos vegetais na prevenção de doenças associadas ao envelhecimento, pode ser bastante útil e passível de ser aplicada na pratica clínica sua prevenção. O principal objetivo do trabalho foi avaliar o uso dos extratos secos e frações de diferentes polaridades de Curcuma longa, Panax ginseng e Rhodiola rosea e os benefícios na redução do estresse oxidativo. Os extratos foram adquiridos em farmácia de manipulação na cidade de Recife, processados e submetidos a coluna filtrante com utilização de solventes com polaridade crescente (hexano, acetato de etila e metanol), obtendo-se três extratos secos. Foram utilizadas técnicas em laboratório para identificação da composição fitoquímica dos extratos brutos e fracionados através do conteúdo de fenóis totais, taninos, flavonóides e cumarinas, avaliados por métodos espectrofotométricos. O perfil dos compostos fenólicos das amostras foi observado por Cromatografia em Camada Delgada (CCD). Foi realizada a atividade antioxidante dos extratos brutos das espécies selecionadas, pelo ensaio da atividade quelante do íon ferroso (FIC), atividade sequestrante de radical livre DPPH, ensaio do método ABTS e pelo poder antioxidante redutor do íon férrico (FRAP). Os maiores teores de metabólitos secundários foram encontrados nos extratos brutos das espécies, com exceção das cumarinas cujo maior teor foi encontrado apenas no extrato bruto de C. longa e P. ginseng. Na CCD destacou-se a classe dos flavonoides presente na maioria dos extratos e frações, sendo evidenciado no comprimento de onda UV-365 nm. Para os ensaios de atividade antioxidante, destacou-se a espécie de Curcuma longa, para os ensaios de FIC, DPPH e ABTS com valores de CE50 0,244 ± 0,016 mg/mL, 57,84 ± 1,68 µg/mL e 41,32 ± 0,13 µg/mL respectivamente com capacidade antioxidante superior aos demais. O extrato das raízes de Rhodiola rosea obteve melhor valor pelo poder antioxidante redutor do íon férrico (FRAP), com 10,86 ± 0,16 mmol/g. Assim, pode-se concluir que os extratos dessas espécies medicinais apresentam atividade antioxidante e que a C. longa teve maior capacidade de combater os radicais livres, tendo em vista os valores de CE50 encontrados. No entanto, mais estudos são requeridos no sentido de avaliar esses compostos para melhor caracterizá-los, assim como a realização de testes de atividade antioxidante in vivo.