Banca de DEFESA: LORENA MARIA BARBOSA DE LIMA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LORENA MARIA BARBOSA DE LIMA
DATA : 27/07/2022
HORA: 10:00
LOCAL: VIDEOCONFERÊNCIA
TÍTULO:

ESTUDO DE ESTABILIDADE: DESENVOLVIMENTO DE MÉTODO INDICATIVO POR CLAE-DAD E CARACTERIZAÇÃO DOS PRODUTOS DE DEGRADAÇÃO EM HIDROLISE ÁCIDA DO CITRATO DE TAMOXIFENO (IFA) POR LC-MS-TOF


PALAVRAS-CHAVES:

HPLC-DAD; Hidrólise ácida; Produtos de degradação; Espectrometria de massas.


PÁGINAS: 80
RESUMO:

O Tamoxifeno (TMX) é uma terapia hormonal utilizada para o câncer de mama pertencente ao grupo dos moduladores seletivos dos receptores de estrogênio (SERMs). Compõe a classe II da classificação biofarmacêutica, apresentando baixa solubilidade em água, baixa seletividade e biodisponibilidade, podendo causar efeitos adversos distintos e graves aos pacientes em tratamento. Por outro lado, a produção de medicamentos exige a realização de estudos que garantam o uso seguro e eficaz, dentre estes, os estudos de degradação forçada têm grande destaque. Embora vários métodos espectroscópicos e cromatográficos sejam relatados para a determinação de tamoxifeno sozinho ou junto com seus derivados, metabólitos, ou em matrizes variadas, nenhum relato sobre a identificação dos seus produtos de degradação (PDs) ou impurezas estão disponíveis na literatura até o momento. Portanto, o presente estudo visou desenvolver um MEI por CLAE-DADpara realizar o estudo de degradação forçada do TMX sob as condições de hidrólise ácida, detectar e quantificar os possíveis PDs, além de utilizar a espectrometria de massas, para caracterização dos PDs gerados nos ensaios forçados. Também foram realizados estudos de cinética de decaimento do teor do TMX. O método cromatográfico desenvolvido usou uma coluna Ascentis® Express C18 (250 x 4,6 mm; 5μm), a ± 25,5°C. A eluição isocrática utilizou Acetonitrila (ACN) e Tampão Fosfato (pH 3,0) 55:45 v/v como fase móvel, volume de injeção de 20 µL e fluxo de 1 mL/min. O TMX mostrou-se suscetível a condições ácidas assim como previsto na literatura e apresentou um decaimento de 66,82% e formação de três PDs. Avaliou-se sua cinética de degradação para definir a ordem de reação em meio ácido (HCL 1,0 M). A reação foi caracterizada como de ordem zero para a condição estudada e a partir dessa análise foi possível definir a constante de velocidade (k) e o cálculo dos parâmetros cinéticos de meia-vida (T1/2) e período de vida útil (T90%), onde pode-se afirmar que a velocidade da reação independe das concentrações dos reagentes. O acoplamento do sistema LC-MS foi realizado através da ionização por electrospray em modo positivo, onde foi possível observar o sinal 372,2260 m/z [M+ H]+ como pico base do TMX. Para o PD1 e PD2 foi observada a presença de íons moleculares 360.1866 m/z [M+ H]+ e 404.2204 m/z [M+ H]+, o que nos sugere a perda de dois carbonos e a adição de uma hidroxila no anel aromático no primeiro caso e a adição de duas hidroxilas no anel aromático no segundo caso. Para o PD3, foi possível observar um perfil de massas semelhante ao pico base do TMX de 372.2305 m/z [M+ H]+, o que nos leva a deduzir que este produto de degradação  é a forma isomérica do fármaco. A partir deste estudo de degradação forçada foi possível conhecer melhor os aspectos envolvidos na estabilidade do TMX e obtiveram-se informações estruturais de seus produtos de degradação que são escassos na literatura. Dessa forma temos mais suporte para prever e avaliar instabilidades em medicamentos à base deste fármaco.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - CARLOS EDUARDO MIRANDA DE SOUSA - OUTRA
Presidente - 1666905 - JOSE LAMARTINE SOARES SOBRINHO
Externo ao Programa - 3241302 - LUCAS PEREIRA SOUZA DA SILVA
Notícia cadastrada em: 18/07/2022 15:32
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