PPGGEOCFCH PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA - CFCH DEPARTAMENTO DE CIENCIAS GEOGRAFICAS - CFCH Teléfono/Ramal: No informado

Banca de DEFESA: JOÃO LUIZ DA SILVA VIEIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JOÃO LUIZ DA SILVA VIEIRA
DATA : 31/03/2022
HORA: 14:30
LOCAL: Sessão remota de videoconferência
TÍTULO:

A AGRICULTURA DO SAGRADO NO FORTALECIMENTO DA IDENTIDADE TERRITORIAL DO POVO XUKURU DO ORORUBÁ, PESQUEIRA E POÇÃO-PE


PALAVRAS-CHAVES:

Geografias Indígenas. Território. Agricultura. Identidade. Xukuru do Ororubá.


PÁGINAS: 80
RESUMO:

Agricultura e sagrado sempre estiveram imbricados na história humana. Até mesmo etimologicamente as palavras se relacionam. A prática agrícola faz parte do cotidiano e da vida religiosa de diversos povos, como é o caso dos Xukuru do Ororubá. Esta etnia tem seu território nos municípios de Pesqueira e Poção-PE, a cerca de 215 km de Recife. Os Xukuru do Ororubá associaram-se permanentemente à agricultura e enxergam nesta atividade uma forma de se relacionar com os encantados, os espíritos dos que já se foram. Apesar do período de domínio latifundiário e fabril, esse povo originário manteve suas práticas em “ilhas de resistência”. A agricultura foi uma das principais pautas durante as retomadas por terras. Após a homologação do território, a atividade agrícola foi primordial enquanto estratégia de manutenção e gestão territorial, fortalecendo a identidade do grupo e subvertendo os ideais coloniais da época dos fazendeiros. A partir disso, essa pesquisa tem como cerne compreender como a agricultura do sagrado fortalece a identidade do povo Xukuru do Ororubá. Para alcançar esse objetivo, foi necessário traçar uma trilha metodológica pautada principalmente pela observação direta e relatos de vida coletados no CAXO da Boa Vista, além da pesquisa participante, possibilitando maior entendimento da realidade dos sujeitos. A agricultura é uma das bases da noção de território para os Xukuru do Ororubá. A agricultura produz, alimenta, encanta e também ensina. Nesse contexto, o CAXO da Boa Vista aparece como um espaço que valoriza a agricultura enquanto modo de vida ao abrigar o Terreiro da Boa Vista, vértice do material e do espiritual. Estudar povos indígenas e suas visões de mundo é romper com os pensamentos coloniais de homogeneidade e subverter a própria ciência geográfica em busca de novos paradigmas.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1038303 - CAIO AUGUSTO AMORIM MACIEL
Externo ao Programa - 1208175 - EDSON HELY SILVA
Externa ao Programa - 2688134 - PRISCILA BATISTA VASCONCELOS
Externo à Instituição - WEDMO TEIXEIRA ROSA - IFPE
Notícia cadastrada em: 28/03/2022 21:37
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