A GEOGRAFIA DA VIOLÊNCIA E DO MEDO: AS PAISAGENS E AS TERRITORIALIDADES NO BAIRRO DA COHAB – RECIFE, PE
Geografia. Medo. Violência. Semiótica. Cohab.
Atualmente a insegurança urbana materializada através de fortificações residenciais, provoca a presente reflexão proposta em nossa tese, que visa abordar como a produção dos imaginários da geografia do medo e da violência – GMV em áreas com moradias carentes, tendem a reforçar processos de fragmentação por meio de estigmas do temor da violência. Acreditamos que a associação da insegurança, enquanto parte da identidade das comunidades, provoca ainda mais a evitação e o isolamento. Metodologicamente, utilizamos procedimentos da semiose peirciana para ampliar a compreensão das paisagens que compõem a GVM. Assim, o processo de semiose pela estruturação sígnica (verbal e não-verbal), aquiarticulada (símbolo, signo e ícone) junto ao contexto da geografia do medo e da violência, nos auxiliou a desvendar os significados socio-simbólicos do espaço urbano. Assim, aprofundando análises críticas ajustadas a realidade dos bairros. Portanto, o presente estudo nos permitiu comprovar que o desenvolvimento da paisagem da GMV reforça a situação histórica de desassistência em comunidades carentes, refletindo nas paisagens (segurança, insegurança e fragmentação) elementos de natureza segregatória no Brasil e, também comuns a toda América Latina. Também, percebemos o quanto setores da segurança particular e a especulação imobiliária podem se beneficiar lucrativamente em detrimento de uma sociedade cada vez mais assustada.