EFEITOS DA MUDANÇA DA CULTURA IDENTITÁRIA DA FEIRA DE CARUARU: uma análise a partir das narrativas dos trabalhadores feirantes
Feira de Caruaru. Cultura do Consumo. Mudança identitária.
Ao longo das últimas décadas, o campo do marketing tem passado por transformações significativas, impulsionadas pela crescente competição e o fenômeno da globalização. Nessa perspectiva, ao explorar a interconexão entre o fenômeno do consumo e o campo do marketing é possível uma compreensão crítica dos modelos de gestão atual, sobretudo em espaços públicos. A problemática consiste no campo das investigações sobre a Cultura do Consumo, quando busca compreender os impactos da aceleração social em meio às transformações nos paradigmas sociais e como isso modela as relações sociais modernas, especialmente no contexto da Feira de Caruaru. Deste modo, o objetivo deste Projeto de Dissertação é compreender de que forma a transformação na cultura identitária da Feira de Caruaru impacta as práticas socioculturais e simbólicas no espaço público do Parque 18 de Maio, sob a perspectiva dos trabalhadores feirantes. Partindo de observações empíricas advindas da percepção de que a Feira de Caruaru, vem passando por processo de mudança em sua estrutura identitária, sobretudo pelas novas dinâmicas no âmbito do consumo, a exemplo da comercialização de produtos em plataformas digitais, nos que fez pensar o que era a Feira de Caruaru quando foi criada e desenvolvida, o que ela representa hoje para a sociedade e o que ainda se espera dela no futuro em termos socioculturais e simbólicos. Por fim, vislumbra-se, uma contribuição social crítica para os responsáveis pela elaboração de políticas públicas no âmbito municipal, que conhecendo melhor a dinâmica de sobrevivência da Feira de Caruaru, a partir das narrativas dos trabalhadores feirantes, possa ajustar as políticas de fomento para manutenção, restauro e/ou salvaguarda deste espaço público.