Banca de QUALIFICAÇÃO: CAMILA DE SOUZA REGO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CAMILA DE SOUZA REGO
DATA : 14/11/2023
LOCAL: PLATAFORMA - GOOGLE MEET - VIRTUAL - 13h00
TÍTULO:
ALIMENTAÇÃO POR GASTROSTOMIA EM CRIANÇAS DISFÁGICAS:COMPARAÇÃO ENTRE FÓRMULAS v>
COMERCIAIS EXCLUSIVAS E COMPLEMENTADAS COM DIETA ARTESANAL

PALAVRAS-CHAVES:
Nutrição Enteral, Gastrostomia, Disfagia, Alimentos Formulados, Nutrição da criança;
Nutrição do adolescente, Dano Cerebral Precoce.

PÁGINAS: 89
RESUMO:
Introdução: A recomendação convencional para crianças com gastrostomia é o uso exclusivo de fórmulas industriais. No entanto, recentemente, a opção por dietas artesanais caseiras tem ganhado atenção, motivada pelos desejos dos pais e desafios de acesso a fórmulas industriais. Contudo, a segurança das dietas artesanais ainda carece de evidências, levantando questões em relação à sua viabilidade e adequação, especialmente em contextos de vulnerabilidade social. Objetivos: Este estudo tem como objetivos comparar o consumo alimentar e
sintomas gastrointestinais em crianças e adolescentes com gastrostomia que utilizam Fórmula Comercial Exclusiva (FCE) com aqueles que utilizam Fórmula Comercial Complementada por dieta artesanal caseira (FCC). Além disso, comparar a composição proteica das dietas caseiras elaboradas pelas mães com o recomendado. Métodos: Este estudo de corte transversal foi conduzido em um ambulatório de gastropediatria referência no atendimento de crianças com disfagia. O estudo incluiu 44 crianças e adolescentes em uso de gastrostomia devido à disfagia, que foram subdivididos em dois grupos, FCE e FCC, com base no tipo de dieta utilizado. Os cuidadores do grupo FCC receberam orientação e medidores padronizados para o preparo caseiro da dieta. A avaliação do consumo alimentar de energia, macronutrientes, cálcio, ferro e fibras foi realizada através do Recordatório alimentar de 24h. Uma amostra de dieta artesanal preparada pelo cuidador foi solicitada
para análise físico-química de proteína no laboratório de análise de alimentos. Para avaliação do nível de satisfação dos cuidadores quanto ao uso dos diferentes tipos de dieta, foi utilizada a Escala Likert. Resultados: dos 44 pacientes, (7,8 ±2,2 anos). 21 compuseram o grupo FCC, enquanto 23, FCE. Foi observado que 44% dos indivíduos em uso de FCE apresentavam consumo insuficiente de proteínas e 83% consumo excessivo de lipídios enquanto na FCC 6% de insuficiência e 69% de excesso respectivamente. Independentemente do tipo de dieta, crianças maiores de 8 anos apresentavam percentuais de inadequação de cálcio próximos a 90% e os menores próximos a 40%. A inadequação de fibras chegou a 100% em todos os grupos avaliados. A mediana
IQR do teor de proteínas (g/100ml) obtido através da análise físico-química em laboratório foi semelhante a que seria encontrada no mesmo volume da fórmula comercial habitualmente utilizada (3,32 - 2,70 a 3,91 vs. 3,4 - 3,1 a 3,4; p=0,71). Das 18 amostras de dieta, 33% (n=6) tiveram a proteína dentro da faixa recomendada, enquanto 50% (n=9) tinham proteína acima do recomendado. Cuidadores de pacientes FCC apresentavam-se mais satisfeitos com a alimentação do que os FCE (p=0,04). Conclusão: A utilização de dietas artesanais de forma complementar às fórmulas industriais reduziu os percentuais de inadequação alimentar em pacientes pediátricos
com gastrostomia. O uso de FCE, não garantiu ingestão alimentar adequada de nutrientes, principalmente proteína, cálcio e fibras. Além disso, o uso de FCC teve efeito moderado em reduzir regurgitações e necessidade de tempo prolongado de infusão da dieta. Os cuidadores apresentaram maior nível de satisfação com o uso da FCC e, finalmente, a dieta artesanal orientada por nutricionista atingiu quantidades satisfatórias de proteína, mesmo em famílias em vulnerabilidade social.

MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - ISIS SURUAGY CORREIA MOURA
Interno - 1061802 - RAFAEL DOS SANTOS HENRIQUE
Notícia cadastrada em: 09/11/2023 18:29
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