USO DE RESÍDUO DE CERÂMICA VERMELHA PARA PRODUZIR GEOPOLÍMEROS PARA IMOBILIZAÇÃO DE METAIS
Geopolimerização. Aluminossilicatos. Cobre. Cobalto. Lixiviação.
Neste trabalho, foram produzidos geopolímeros de resíduos de cerâmica vermelha (RCV) como precursor geopolimérico em substituição ao metacaulim comumente utilizado, com o intuito de aproveitar resíduos industriais e reduzir os custos energéticos na sua produção. Os geopolímeros produzidos foram usados para imobilização dos metais pesados, como cobre e cobalto. Foram investigadas quais melhores condições de cura e de alcalinidade foram mais adequadas para a geopolimerização com este precursor. A capacidade de imobilização dos geopolímeros produzidos foi avaliada pela adição de íons de cobre e cobalto (0,1%, 0,3% e 0,5%). Os geopolímeros resultantes foram analisados através de ensaios de Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), Espectroscopia no Infravermelho por Transformada de Fourier (FTIR), Difração de Raios-X (DRX) e desempenho mecânico por meio de ensaios de Resistência Mecânica à Compressão e teste de lixiviação. Os resultados revelaram que geopolímeros curados a temperatura ambiente e a 60°C nas primeiras 24 horas, assim como aqueles produzidos com NaOH 14M, apresentaram desempenho mecânico insatisfatório. A maior resistência à compressão foi observada na amostra contendo 0,3% de íons Cu2+, com concentração de 10M de NaOH e cura a 80°C nas primeiras 24 horas. O segundo melhor desempenho foi obtido pela amostra com 0,3% de íons Co2+ seguindo nas mesmas condições de síntese e cura. Os resultados do teste de lixiviação indicaram que a imobilização do cobre foi mais eficaz do que a do cobalto. Notavelmente, menor porcentagem de metal inserida resultou em maior retenção do metal..