LEITURA SUBJETIVA E POESIA POPULAR CONTEMPORÂNEA: a recepção da obra de Leonardo Bastião e Bráulio Bessa por alunos do 9º ano do Ensino Fundamental
Leitura Subjetiva. Poesia Popular. Diário de Leitura. Letramento literário.
A prática da leitura subjetiva implica considerar as vivências, as emoções e as particularidades de cada sujeito leitor diante da apreciação de uma obra literária. Pretende-se, com isso, fomentar a participação ativa e crítica na construção dos sentidos que o texto literário suscita, por meio de um trabalho interpretativo singular. Nesse sentido, esta pesquisa objetivou analisar como a leitura de poemas populares desperta o senso crítico a partir do letramento com enfoque na subjetividade dos estudantes. Com base em estudos oriundos da Estética da Recepção, desenvolvemos uma metodologia de ensino de leitura literária que contempla a poesia popular de Bastião (2018) e Bessa (2017, 2018), buscando assim inserir a diversidade de autores e obras na sala de aula, conforme orientação da BNCC. Por acreditarmos que a leitura subjetiva de poemas contribui para a formação literocultural do alunado, bem como para seu desenvolvimento enquanto leitor real e autônomo, realizamos esta pesquisa-ação com estudantes do 9º ano de uma escola pública situada no município do Paulista-PE e avaliamos a recepção dos textos que lhes foram entregues em cinco encontros de leitura. Para tanto, sugerimos aos discentes que externassem suas impressões a respeito dos poemas lidos respondendo aos questionários e efetuando registros em diários de leitura. Foi através esses instrumentos que pudemos identificar as marcas de subjetividade para realizar, então, a análise de dados. A pesquisa dialoga com as contribuições teóricas de vários autores, dentre os quais Abreu (2006), Barbosa (2011), Candido (2004; 2012), Compagnon (2009), Cosson (2021), Ferreira (2013), Franchetti (2009), Greco e Santos (2022), Iser (2011), Jauss (1994, 2011), Langlade (2013), Perotti e Ribeiro (2022), Pinheiro (2018), Rezende (2013), Rouxel (2012; 2013; 2015; 2018), Santos (2011), Soares (2000, 2007) e Xypas (2018, 2020).