Avaliação dos efeitos cardiorrespiratórios na prole de ratas que realizaram atividade física voluntária e foram submetidas à desnutrição proteica
Plasticidade fenotípica; Desnutrição proteica; Alterações Cardiorrespiratórias; Atividade Física.
Estudos epidemiológicos e experimentais com ratos demonstram que a redução do teor proteico da dieta durante os períodos críticos do desenvolvimento pode alterar as respostas fisiológicas tardias na prole contribuindo para o surgimento de doenças cardiovasculares e metabólicas. No entanto, a atividade física durante o período gestacional mostra-se como uma ferramenta não farmacológica que pode prevenir tais modificações nos filhotes. Logo, o objetivo do presente trabalho foi de analisar os efeitos da atividade física voluntária sobre os parâmetros respiratórios e bioquímicos das progenitoras e da prole de ratas que foram submetidas a dieta hipoproteica durante a gestação e lactação. Para isso, ratas Wistar nulíparas passaram por um período de adaptação de 30 dias, sendo posteriormente divididas conforme o grau de atividade física praticada: inativo (n=10), ativo (n=10) e muito ativo (n=10). Após, ocorreu o acasalamento e quando identificada a prenhez ofertou-se durante a gestação e lactação a dieta experimental hipoproteica (grupo LP: 8% de proteína) para parte do grupo e o outro recebeu a dieta controle (grupo NP: 17% de proteína), totalizando seis grupos: (NP-inativo, n=5), Inativo Hipoproteico (LP-inativo, n=5), Ativo Normoproteico (NP-ativo, n=5), Ativo Hipoproteico (LP-ativo, n=5), Muito Ativo Normoproteico (NP- muito ativo, n=5) e Muito Ativo Hipoproteico (LP- muito ativo, n=5). A partir do desmame uma porção dos filhotes foram eutanasiados aos 30 dias de vida para retirada de tecido e a outra recebeu a dieta padrão de biotério até o fim do experimento (90 dias de vida) para realização das avaliações bioquímicas e cardiorrespiratórias. Perante os parâmetros bioquímicos das progenitoras, nossos resultados identificaram diferenças estatisticamente significativas no padrão de albumina entre os grupos NP e LP inativo e também nos valores de colesterol das ratas muito ativas e entre os grupos LP-ativo e LP- muito ativo. Já em relação a análise bioquímica da prole, os grupos LP-inativo e LP-ativo apresentaram menores concentrações de proteína total quando comparados ao controle. Enquanto a albumina, modificações foram notadas nos grupos inativos e também entre os grupos experimentais LP-inativo e LP-muito ativo. Quanto ao colesterol independente do nível de atividade física os grupos experimentais diferiram significativamente. Já diante as análises cardiorrespiratórias, não foram encontradas diferenças significativas entre os grupos NP e LP.