“BH É QUEM?”: Reconfigurações de gênero musical no funk mineiro em rede
gêneros musicais; funk; territorialidade; audiovisual em rede.
O gênero funk no Brasil tem os primeiros passos de sua construção marcados no Rio de Janeiro, mas atualmente é reconfigurado globalmente. Em Belo Horizonte, as expressões deste gênero, que se iniciaram na década de 90, tem desenvolvido estéticas esonoridades eletrônicas particulares nos últimos 10 anos, reivindicadas a uma singularidade territorial mineira, que encontra simbolismo no bordão: “BH é quem?”. Utilizo tal bordão, amplamente difundido pela produção funkeira mas também escoado por diversas expressões comunicacionais em diferentes contextos, como um vetor que pode apontar para outras coletividades no imaginário musical da cidade, e busco investigar as especificidades desta fonografia entre os rearranjos do funk em contextos fora eixo Rio-São Paulo. Pretendo analisar, desta forma, a afirmação de um modo específico (ou de vários modos específicos) de se fazer funk em BH também como disparador de outros entendimentos, trânsitos e reconfigurações das categorizações musicais em ambientações comunicacionais digitais, permeadas por disputas de identidade e marcadores de raça, classe, gênero e localidade.