DESEMPREGO ESTRUTURAL E A CRISE DO DIREITO DO TRABALHO: OS DESAFIOS ENFRENTADOS PELAS MULHERES NEGRAS NO MERCADO DE TRABALHO SOB UMA PERSPECTIVA INTERSECCIONAL
Mercado de Trabalho; Desemprego Estrutural; Teoria Interseccional; Desafios; Mulheres negras.
Este estudo teve como propósito explorar as dificuldades enfrentadas pelas mulheres negras no mercado de trabalho, levando em consideração o desemprego estrutural e a crise do direito do trabalho. A base teórica foi alicerçada na Teoria Interseccional de Kimberlé Crenshaw e, em especial, teóricas, feministas e intelectuais negras. A intersecção de gênero, raça e classe social condicionam estruturalmente alguns grupos, principalmente as mulheres negras, à criação e replicação das discrepâncias sociais no Brasil. Essa desigualdade se apresenta de diversas maneiras nas relações políticas, culturais e sociais brasileiras. A reflexão foi feita a partir da análise de dados secundários a respeito do mercado de trabalho no Brasil com base nas informações fornecidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE e na leitura de obras temáticas. Dessa forma, trata-se de um estudo exploratório sobre um fenômeno histórico, porém que precisa de atenção constante pelas invisibilidades a que alguns sujeitos estão submetidos. Os resultados apontam que a maioria das mulheres negras ocupa a base da pirâmide social, tendo acesso apenas a empregos informais, com má remuneração e menor exigência de qualificação.